OCUPAÇÃO

Prefeitura nega que haja ação de despejo no Setor Estrela D’Alva em Goiânia

A Prefeitura de Goiânia negou neste domingo (20) que seja responsável por ação de despejo…

Ocupação denuncia violência da PM durante despejo de 100 pessoas no Estrela Dalva (Foto: Reprodução/Leandro Pereira)

A Prefeitura de Goiânia negou neste domingo (20) que seja responsável por ação de despejo na noite de sábado (19), no Setor Estrela D’Alva, na região Noroeste de Goiânia. Famílias assentadas denunciaram ação truculenta da Polícia Militar, com uso de bombas de efeito moral, spray de pimenta e incêndio em barracas utilizadas como abrigo. Uma das líderes chegou a ser detida.

Através de nota publicada no início deste domingo, a prefeitura diz que uma equipe da secretaria de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) se desloca até o local “para dar toda atenção possível dentro do programa Proteção Social Básica às famílias”.

“A Sedhs reitera também que uma equipe de Abordagem e Acolhimento estão atentos e acompanhando o caso. A secretaria de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas também designou equipe para acompanhar as famílias”, informa a nota.

Entenda

A representante do movimento, Cinthia Nicassia, narra que foi procurada pela PM na sexta-feira (19). Na ocasião, os militares pediram, de forma pacífica, para que as famílias deixassem o local.

Membros da ocupação alegam que, durante o despejo, não lhes foi apresentada nenhuma ordem judicial ou documentação que justificasse a remoção das famílias. Para eles, a ação foi completamente ilegal.

Ao Mais Goiás, o defensor público Tiago Bicalho explicou que, até o momento, não se sabe se houve alguma ordem direta que pedisse o despejo. Porém, como a área pertence ao município e é pública, a PM tem o poder de remover aquelas pessoas, sem haver algum pedido oficial, o que torna o despejo legalizado.

A Defensoria Pública de Goiás chegou a emitir um pedido à Polícia Militar para que não efetuasse nenhuma ação contra as famílias até que o caso fosse devidamente analisado.

O Mais Goiás tenta contato com a Polícia Militar.