Detenção

Preso autor de latrocínio que vitimou comerciante no Setor Sul

Imagens de câmeras de segurança ajudaram a Polícia Civil a identificar os dois criminosos que,…

Imagens de câmeras de segurança ajudaram a Polícia Civil a identificar os dois criminosos que, em 20 de julho, mataram, durante um assalto, o dono de uma lanchonete na Rua 83, no Setor Sul. Ao ser preso, Jean Carlos de Souza, de 22 anos, confessou ter praticado o crime junto com um adolescente de 17 anos, que também foi apreendido. José Maria da Silva, de 57 anos, foi assassinado com um tiro no peito pouco antes das seis da manhã, no momento em que abria sua lanchonete, que há 30 anos funciona em uma calçada bem perto do Palácio Pedro Ludovico Teixeira.

Após analisar imagens de câmeras de uma agência bancária e também de fotossensores da Avenida Assis Chateaubriand, equipes do Grupo de Repressão a Roubos (GARRA), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), identificaram o veículo usado pelos criminosos, um Ônix branco, e descobriram que ele havia sido abandonado em uma estrada de terra, perto de Abadia de Goiás.

Com a descrição feita pelo dono do carro, que havia sido abordado no dia 17 de julho no Parque Amazônia, e também da funcionária que estava na lanchonete onde José Maria foi assassinado, os policiais chegaram até Jean Carlos, que teve sua prisão temporária decretada. O homem foi localizado na semana passada, no interior do Estado.

Após a prisão dele, os agentes chegaram ao adolescente, apreendido no Parque Amazônia. “Nós descobrimos que os dois traficam pequenas porções de drogas no Parque Amazônia, e naquele dia em específico resolveram sair para praticar o assalto, uma vez que o Jean Carlos alegava que não havia recebido um dinheiro que teria direito em um acerto de contas em um abrigo onde trabalhou como cuidador de idosos”, relatou o delegado Paulo Ribeiro, adjunto do Garra.

Em depoimento gravado pela polícia, Jean Carlos contou ter saído com o adolescente em busca de alguém para assaltar, ocasião em que teria visto o comerciante falando no celular, e, então, resolveu abordá-lo. O preso alegou ainda que só atirou porque o comerciante entrou em luta corporal com ele e fez menção de que pegaria alguma coisa embaixo do microondas, e negou que teria tentado matar a funcionária que também estava no local. No dia do crime, porém, a funcionária relatou para a polícia, e para a imprensa, que só não foi morta porque a arma do assaltante falhou no momento em que ele apontou para a cabeça dela e apertou o gatilho.

Além de confessar o latrocínio, Jean Carlos, que em 2015 foi indiciado por homicídio, também assumiu ter roubado – três dias antes da abordagem ao dono da lanchonete – o carro em que ele estava com o adolescente. Ao final do inquérito, o delegado pretende solicitar, junto ao Poder Judiciário, a transformação da prisão de Jean Carlos em Preventiva, e também solicitará que a internação do adolescente, até então de 45 dias, seja ampliada para o limite máximo, de três anos.