Duplo homicídio

Preso confessa que recebeu R$ 500 para matar casal em Goiânia

A Policia Civil apresentou à imprensa nesta segunda-feira (19) dois suspeitos de participarem da execução…

A Policia Civil apresentou à imprensa nesta segunda-feira (19) dois suspeitos de participarem da execução de um casal no último dia 29 de maio no Setor Santos Dumont, em Goiânia. Um dos suspeitos confessou ter recebido R$ 500 pelas mortes, que ocorreram na frente da filha das vítimas, de apenas nove anos.

Câmeras de segurança ajudaram a polícia a identificar os suspeitos que dispararam pelo menos 15 vezes contra Karmen Lúcia da Silva, de 33 anos, e Júnior Leão Feitosa, de 30 anos. As imagens também mostram quando a filha do casal, que estava dentro do carro da família, sai correndo desesperada após perceber que os pais, que desembarcaram para entregar algumas marmitas, tinham sido baleados.

Localizado e preso junto com o comparsa Ravel da Solva Moreira, de 20 anos, na cidade de Mirante, no Tocantins, Jeferson Pereira de Oliveira, de 20 anos, confessou friamente o duplo homicídio. Em um vídeo gravado por agentes da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), Jeferson conta que recebeu ordens para matar o casal porque eles seriam de uma facção rival.

“É assim, quando um dos nossos é assassinado, nós matamos alguém do lado da facção que deu a ordem”, relatou o preso, sem especificar se o casal teria envolvimento com algum homicídio. Ele também disse que geralmente recebe drogas ou motocicletas pelas execuções, mas relatou que neste caso ganhou R$ 500 em dinheiro.

Responsável pelas investigações, o delegado João Victor Costa, adjunto da DIH disse que as vítimas já tinham antecedentes criminais. “Tanto a Karmem quanto o Júnior já cumpriram pena por tráfico de drogas, mas o que nós apuramos é que na época eles vinham trabalhando de forma honesta,  vendendo comida, tanto que, no dia em que foram mortos, haviam sido atraídos pelo Jeferson, que encomendou uma grande quantidade de marmitas”, relatou.

Um terceiro suspeito de participação na morte do casal, que teria ficado no volante do carro em que os dois atiradores fugiram, ainda segundo o delegado, foi assassinado na semana seguinte ao crime. Jeferson e Ravel já possuem outras passagens criminais. Foram presos por roubo de veículo no mês seguinte ao duplo homicídio, e, quando liberados, fugiram para o Tocantins onde, segundo João Victor, continuavam atuando no tráfico de drogas.

Presos preventivamente, eles responderão por duplo homicídio qualificado e associação para o tráfico.