Homem é preso em Goiânia suspeito de ser ligado a facção e a mortos em confronto no RJ
Material apreendido reforça suspeita de atuação do grupo criminoso na logística do tráfico em Goiás
Um homem apontado como integrante do Comando Vermelho e considerado um dos braços da facção em Goiás foi preso na segunda-feira (03/11), pela Companhia de Policiamento Especializado (CPE) de Trindade durante uma operação no Setor Tropical Verde, em Goiânia. Segundo a Polícia Militar, o suspeito era ligado diretamente a Rafael Rezende Ferreira, conhecido como “Panela”, líder goiano na facção alvo da megaoperação de forças de segurança no Rio de Janeiro.
Com o suspeito, os policiais apreenderam uma pistola calibre 9mm, 26 munições, cerca de 400 gramas de skunk a “supermaconha”, conhecida assim pelo seu alto teor de TCH, e R$ 1.880,00 em espécie. As investigações apontam que ele atuava como intermediário da organização criminosa no Estado, sendo responsável pela distribuição de drogas e comercialização de armas ligadas à rede comandada por “Panela”.
A prisão ocorreu após o compartilhamento de informações entre a CPE e o serviço de inteligência do 16º Comando Regional da Polícia Militar (CRPM), que vinham monitorando o suspeito há algumas semanas. As investigações indicaram que ele estaria envolvido na comercialização de drogas e armas de fogo de uso restrito, atuando com tráfico de drogas tanto na capital quanto em cidades do interior de Goiás.

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Durante o monitoramento, os policiais receberam informações de que o homem estaria oferecendo uma pistola para venda e utilizava a própria residência como ponto de armazenamento de entorpecentes. A partir dessas informações, uma equipe da CPE se deslocou até o endereço indicado e realizou a abordagem.
De acordo com a corporação, o material apreendido reforça a suspeita de que o homem atuava de forma ativa na logística da facção em Goiás, sendo responsável por receber e redistribuir drogas e armamentos. As investigações também apontam que o suspeito negociava entorpecentes e armas por meio de contatos mantidos em plataformas digitais, embora o canal exato de comunicação ainda não tenha sido identificado.
O suposto comprador não foi localizado no momento da operação, e, segundo a Polícia Militar, a apuração das conexões virtuais e de possíveis comparsas ficará a cargo da Polícia Civil.
O preso foi encaminhado à Central de Flagrantes e responderá pelos crimes de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
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