Comemoração/homicídio

Presos suspeitos de matar e celebrar assassinato em distribuidora no Setor Village Atalaia

Um estudante de Biomedicina e um corretor de imóveis foram presos temporariamente suspeitos de serem…

Um estudante de Biomedicina e um corretor de imóveis foram presos temporariamente suspeitos de serem os autores dos tiros que mataram Matheus Bernardes de Godoi, 21, no Setor Village Atalaia, em Goiânia. Os disparos também feriram a irmã dele, Geralda Divina Silva Damasceno, 18. O crime ocorreu no último 19 de maio, após uma confusão entre os envolvidos ocorrida em uma distribuidora de bebidas.

Depois do crime, os indivíduos, Daniel do Carmo da Conceição, de 30 anos, e Iovaldo Freitas da Silva, de 37 anos, retornaram ao estabelecimento onde beberam e dançaram como se estivessem comemorando o assassinato. A situação foi flagrada por câmeras de segurança.

De acordo com as apurações da Polícia Civil (PC), lideradas pelo delegado Francisco Costa Júnior, da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), Matheus foi assassinado por ter se indignado e discutido com um adolescente que passou as mãos nas nádegas da irmã dele.

“Eles eram amigos, estavam bebendo juntos desde o início da noite do dia anterior e, durante a madrugada, assim que o adolescente – que é primo do Daniel – cometeu o assédio, a vítima se indignou e começou uma discussão. O Daniel então tomou as dores do primo, e passou a discutir com o Matheus, ocasião em que a Geralda entrou no meio da discussão e cuspiu na cara dele”, relatou.

Após a confusão na distribuidora de bebidas, os irmãos foram embora e, pouco tempo depois, Iovaldo, Daniel e o menor saíram na camionete. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que, perto da camionete, Iovaldo entrega uma arma para Daniel (vídeo 1). Alguns minutos após saírem, os amigos voltam, continuam a beber e dançam na calçada (vídeo 2).

 

“Essa cena foi o que mais nos indignou, já que mostram que, após atirarem no Matheus e na irmã dele a poucas quadras de onde estavam, o Daniel e o Iovaldo retornam para a distribuidora, voltam a beber, dançam, e lá continuam até as cinco da manhã, o que mostra um total desprezo pela vida, e mais, a certeza da impunidade”, pontuou o delegado.

Apesar de também ter sido baleada três vezes, Geralda sobreviveu após passar por várias cirurgias. Deniel e Iovaldo, que até então não tinham passagem pela polícia, responderão por homicídio qualificado e tentativa de homicídio, crimes que, somados tem pena de reclusão superior a 30 anos. Com a dupla, os agentes da DIH apreenderam duas armas de fogo.