CORONAVÍRUS

Professor de judô deixa hospital emocionado após mais de 60 dias com covid-19

“É hora de ir pra casa”. A frase dita pelos médicos que cuidaram do professor…

“É hora de ir pra casa”. A frase dita pelos médicos que cuidaram do professor de judô João Henrique Melo deixou uma família inteira aliviada. Após mais de 60 dias de internação no Hospital Jardim América, unidade do Sistema Hapvida, o atleta recebeu alta médica na tarde desta quarta-feira, 28 de outubro.

A irmã de João, Giorgia Melo, explica que após contrair a Covid-19, o irmão apresentou sintomas leves da doença. “Ele teve tosse e dor de cabeça. Mas o que incomodou bastante foi a falta de ar, que ocasionou idas e vindas no pronto socorro, até a internação definitiva”, explica. Atleta, várias vezes campeão goiano, brasileiro, entre outros campeonatos, e sem nenhuma comorbidade, João precisou ser transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a cada dia piorava um pouco.

Na UTI, ele foi entubado e após uma semana precisou passar pelo procedimento de traqueostomia. Ainda na UTI, teve uma parada cardíaca, sendo reanimado por 14 minutos, e também passou por várias sessões de hemodiálise. Permaneceu acoplado ao ventilador mecânico por mais de 40 dias. “Foi, sem dúvidas, o caso mais desafiador que tivemos nessa pandemia”, afirma a coordenadora da UTI do Hospital Jardim América, Vânia Modesto. Neste período crítico, a família chegou até mesmo a fazer uma campanha na internet para encontrar doadores de sangue.

Porém, Giorgia explica que a partir desse momento ele começou a apresentar melhoras significativas. “Meu irmão é um milagre. Os médicos disseram que o procedimento de traqueostomia demoraria 10 dias para fechar. Estamos com 5 dias e já está praticamente fechada. Os médicos falaram que ele demoraria para voltar a falar, graças a Deus ele já está falando, com dificuldade, mas se comunica bem com a gente”, explica.

Ela relata que o sentimento é de alívio e gratidão. “Acho que a melhora do meu irmão é graças a Deus mesmo. E claro, depois vem a dedicação da equipe que o atendeu. Ele é muito querido, tem mais de 1500 alunos e toda essa corrente do bem fizeram com que ele melhorasse significativamente. Ele vai receber alta, mas o tratamento continua em casa. Ele perdeu muita massa muscular e precisa de fisioterapia, mas só de estar em casa nós ficamos muito emocionados. Nós da família sempre emocionamos quando vamos falar sobre isso”.