INTOLERÂNCIA

Professor sofre homofobia ao defender funcionária de lanchonete de racismo

O professor de dança Jayme Marques, de 31 anos, foi alvo de declarações homofóbicas no…

O professor de dança Jayme Marques, de 31 anos, foi alvo de declarações homofóbicas no momento em que tentava defender uma funcionária de lanchonete que, segundo ele, era vítima de ofensas racistas na madrugada de domingo (4) para segunda-feira (5), em uma unidade do Subway no setor Oeste, em Goiânia.

Ao Mais Goiás, Jayme conta que o homem chegou ao estabelecimento e, sem nenhum motivo aparente, começou a ofender a atendente. Disse que a funcionária, que é negra, deveria nascer de novo “para ficar parecida com meio-fio”, em referência à cor branca.

“Ele começou a ofendê-la pelo trabalho que estava prestando primeiro e depois ofendeu ela falando que ela devia nascer de novo pra ficar parecida um pouco mais com meio fio. Nesse momento, os meninos que estavam na loja e eu pedimos pra ele ir embora, eu cheguei nele e pedi para parar de agredir a moça que se ele não quisesse comer ali era pra comer em outro lugar”, conta Jayme.

A partir disso, conforme o professor de dança, uma discussão teve início. Outras pessoas que estavam no local filmaram o momento em que o homem ataca Jayme com ofensas homofóbicas, o chamando de “bicha” e “viado”.

Veja os vídeos abaixo:

 

Segundo Jayme, as ofensas continuaram fora do estabelecimento e o homem teria, inclusive, tentado atingir um dos rapazes presentes com um objeto encontrado na porta da lanchonete.

“Não é o primeiro caso”, diz dono de lanchonete

Em entrevista ao Mais Goiás, João Martins, o gestor da unidade do Subway onde o fato ocorreu, disse que prestou todo o apoio necessário à funcionária. Ele destacou que aquele não era o primeiro caso de racismo registrado. “Não posso dizer que é uma rotina, mas desafortunadamente não foi o primeiro caso”, disse.

Em um dado momento do vídeo, o cliente que faz ofensas diz que seria o dono do local e que alugava a unidade. Porém, de acordo João, a informação não é verdadeira. “Eu conheço bem os donos do local. Eu até mostrei as imagens pra eles e eles disseram que nunca viram o homem”, informou.

João conta que o caso foi registrado no 4º DP de Goiás.

Em nota enviada a um veículo local, a rede Subway repudiou as ofensas sofridas pela funcionária e o professor. Veja abaixo:

“A Subway®, maior rede de alimentação rápida do Brasil e do mundo, vem a público para se manifestar a respeito do caso ocorrido nos últimos dias em um de seus restaurantes em Goiânia (GO).

A empresa é contra qualquer tipo de discriminação, abertamente em defesa dos direitos humanos e da diversidade, e repudia qualquer ato contrário a esses valores.

Em virtude da atenção que o fato gerou, a Subway® reitera que o respeito à diversidade e às minorias está entre suas principais políticas tanto internas, com relação a seus colaboradores, quanto externas, em relação a seus clientes.

A Subway® vem agradecer comentários e posts nas redes sociais em defesa da colaboradora do restaurante em Goiânia. As reações reforçam o comprometimento dos clientes com os mesmos valores que integram a política de atuação da empresa em seus mais de 40 mil restaurantes em 103 países.”