INVESTIGAÇÃO

“Quis causar maior sofrimento possível ao ex”, diz delegado sobre autora de envenenamentos

Em uma troca de mensagens com ex, a mulher perguntou se ele tinha mais medo de morrer ou de perder alguém que ama

Amanda Partata, suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele, aparece com a mão nas bochechas durante interrogatório (Foto: Reprodução)
Amanda Partata, suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele, aparece com a mão nas bochechas durante interrogatório (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil encerrou as investigações sobre os envenenamentos de Leonardo Alves e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, em Goiânia. A advogada Amanda Partata está presa apontada como autora do crime. Nesta sexta-feira (29), durante coletiva de imprensa, o delegado Carlos Alfama disse que a mulher “quis causar o maior sofrimento possível ao ex”.

Durante as investigações, a Polícia teve acesso a uma série de mensagens trocadas por Amanda e o ex, Leonardo Filho. Em uma delas, a autora pergunta qual o maior medo do ex: morrer ou perder alguém que ele ama.

“Ela estudava psicologia e acreditava que o maior medo do ex era de perder alguém que ele amava. Não temos dúvida de que ela quis causar o maior sofrimento possível a ele”, disse.

A advogada Amanda Partata, suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele envenenados, colocou uma substância altamente tóxicas em doces que ela comprou para a família. O nome do produto não foi revelado por questões de segurança. A substância foi identificada apenas óxido inorgânico. O crime aconteceu no dia 17 de dezembro, em Goiânia, e segue sob investigação.

A perícia apontou que a substância foi colocada por Amanda em dois bolos no pote depois que a suspeita comprou em uma famosa doceria de Goiânia. Segundo os peritos, a mesma substância encontrada nos doces foi localizada também no corpo das vítimas.

Amanda Partata teve um breve relacionamento com o filho de Leonardo, e, desde o término, passou a proferir ameaças, desde o mês de julho.

Segundo a Polícia, a mulher usava seis perfis falsos para ameaçar o ex-namorado e a família dele. Ela também fazia constantes ligações para o homem, cerca de 15 por dia, com ao menos 100 números diferentes. A família não sabia que a advogada era a autora das ameaças.