GO: Advogados, médico e engenheiro são alvos de operação por fraude milionária envolvendo Césio-137
Operação mira esquema que causou prejuízo de R$ 79 milhões aos cofres públicos
Um grupo formado por advogados, um médico e um engenheiro, suspeito de desviar milhões de reais ao simular a contaminação de militares pelo Césio 137, acidente radiológico ocorrido em Goiânia na década de 1980, foi alvo de uma operação realizada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (30). Durante a ação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão domiciliar e cinco mandados de prisão temporária na Região Metropolitana de Goiânia. O prejuízo estimado aos cofres públicos chega a R$ 79 milhões, com dano efetivo já apurado em cerca de R$ 1,7 milhão.
As investigações apontam que o grupo utilizava documentos falsos, laudos médicos forjados e ações judiciais fraudulentas para ajuizar processos em nome de militares estaduais, alegando exposição ao elemento radioativo Césio 137. Com isso, buscavam isenção indevida de imposto de renda, benefício previsto apenas para casos comprovados de doenças graves. A polícia destacou que a organização agia de forma estruturada, com divisão de tarefas e acesso a informações sigilosas.
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Segunda fase da investigação
Esta é a segunda fase da Operação Césio 171. Na etapa anterior, a Deic identificou os primeiros indícios da falsificação de documentos e mapeou os profissionais envolvidos na fraude. O nome da operação faz referência ao Césio 137, símbolo do maior acidente radiológico do mundo fora de uma usina nuclear, ocorrido em Goiânia, em 1987.
A Polícia Civil segue analisando o material apreendido e não descarta novas prisões. Segundo o delegado responsável, o objetivo é recuperar valores desviados e impedir que o esquema continue ativo por meio de novas ações judiciais.
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