MUTIRÃO

Remoção de fios abandonados em Goiânia começa no dia 20 de outubro

Em 26 de setembro, o prefeito Sandro Mabel (União Brasil) anunciou uma força-tarefa para retirada da fiação irregular

Remoção de fios abandonados em Goiânia começa no dia 20 de outubro
Remoção de fios abandonados em Goiânia começa no dia 20 de outubro (Foto: Comurg)

A remoção de fios soltos e cabos abandonados nos postes de Goiânia está programada para começar no próximo dia 20 de outubro. Vale lembrar que, em 26 de setembro, o prefeito Sandro Mabel (União Brasil) anunciou uma força-tarefa para retirada da fiação irregular. A fala ao Mais Goiás ocorreu dois dias após o temporal que provocou alagamentos na capital e resultou na morte de uma jovem de 17 anos, vítima de choque elétrico.

Sobre a data, ela foi definida após uma reunião entre a prefeitura, o Ministério Público de Goiás (MPGO), a Equatorial, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e empresas de telecomunicações, na quinta-feira (9). Segundo a TV Anhanguera, nesta sexta-feira (10), a ação vai começar com um mutirão emergencial focado em bairros com situações mais críticas. Serão retirados fios caídos ou em baixa altura que representam risco para a população.

75 mil linhas de telefonia estão abandonadas nos postes da capital, conforme a Agência de Regulação de Goiânia. A maioria é da empresa Oi, que já foi procurada para a remoção. São 14 mil toneladas de lixo em cabos.

Provedores de internet regulamentados serão notificados nos setores e a lista dos irregulares será entregue à prefeitura e à Anatel. A previsão é de dois ou três anos de trabalho, estima o município.

Ao Mais Goiás, a Equatorial informou, em nota, que não possui competência legal para aplicar sanções ou multas diretamente às empresas de telecomunicações pelo uso dos postes. “Nos termos da resolução, cabe à distribuidora de energia apenas o gerenciamento técnico dos postes de sua responsabilidade, com a obrigação de fiscalizar e notificar as empresas quando identificadas irregularidades. A regularização, entretanto, deve ser executada pelas próprias empresas de telecomunicações.”

Morte e operação para retirada de fios soltos

Ainda em setembro, Mabel classificou a morte da jovem como um episódio imprevisível, mas ressaltou que a desorganização da rede de cabos em Goiânia é um problema crônico. De acordo com ele, a prefeitura já aplicou mais de 300 multas de R$ 20 mil contra operadoras de telecomunicação que mantêm cabos sem identificação, mas a prática continua.

“Temos mais de 102 operadoras, muitas clandestinas. Agora vamos montar equipes permanentes para retirar fios irregulares. Se não tiver identificação, não tem fio”, afirmou. O prefeito disse que o trabalho deve levar cerca de dois anos, até 2027, e garantiu que os custos não recairão sobre a prefeitura. “Fio não é meu, poste não é meu. Quem aluga o poste é a Equatorial, o fio é da telecom. Vamos comandar, mas o custo é deles.”

Nota da Equatorial Goiás:

“A Equatorial Goiás esclarece que não possui competência legal para aplicar sanções ou multas diretamente às empresas de telecomunicações pelo uso dos postes. O compartilhamento dessa infraestrutura é regulamentado pela Resolução Conjunta ANEEL/Anatel nº 004/2014, que define direitos, deveres e limites técnicos.

Nos termos da resolução, cabe à distribuidora de energia apenas o gerenciamento técnico dos postes de sua responsabilidade, com a obrigação de fiscalizar e notificar as empresas quando identificadas irregularidades. A regularização, entretanto, deve ser executada pelas próprias empresas de telecomunicações.

A Equatorial Goiás reforça que vem cumprindo de forma rigorosa o seu papel de fiscalização e notificação, exatamente como determina a normativa.