Restaurante é furtado quatro vezes durante quarentena; veja vídeo
Quatro vezes. Esse foi o número de furtos acumulados pelo restaurante Balaio, localizado no Setor…
Quatro vezes. Esse foi o número de furtos acumulados pelo restaurante Balaio, localizado no Setor Sul, em Goiânia, durante o período de isolamento social provocado pela pandemia de covid-19 em Goiás. Os prejuízos para os proprietários passam de R$ 7 mil. Vídeos mostram a ação dos bandidos.
Um dos registros mostra dois homens no local onde fica a caixa registradora do estabelecimento. Um deles, de boné, aparece amarrando objetos em um pano para facilitar o carregamento. Enquanto o outro vasculha caixas e abre gavetas em busca de dinheiro.
Ele sai, logo depois o comparsa sai carregando o embrulho que fez com o material furtado. De acordo com a proprietária, Rafaela Cardoso, o crime parece ter sido praticado, pelo menos nas duas últimas vezes, pelos mesmos autores. Já que a ação é parecida.
A ação
A ação é sempre em dupla. Eles desligam o relógio de energia, arrancam a central de sirene do alarme, saltam sobre a loja, quebram o forro do teto e acessam o restaurante. Neste último furto, ocorrido na semana passada, a dupla levou um aparelho de televisão e vários quilos de carne que estavam estocados.
Rafaela acredita que em pelo menos um dos furtos, os bandidos usaram um veículo para a fuga. Pois, a quantidade de material furtado era grande para carregar na mão. Pelo menos um dos furtos foi feito por um casal, segundo a comerciante.
Prejuízos
Além do prejuízo próprio do material furtado, que chega a pelo menos R$ 7 mil, Rafaela calcula também o gasto com o vigilante noturno que contratou, além do forro do teto e sirene do alarme a ser consertados. O prejuízo é ainda maior devido à redução em 70% nas vendas desde o início da quarentena.
“A região ficou vazia com a quarentena, o que facilitou a ação dos bandidos. A intensidade deste tipo de crime aumentou no Centro e no Setor Sul”, aponta.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Goiás (Abrasel), Fernando Jorge, afirma ainda não ter um levantamento exato sobre no número de casos de furto no segmento, mas a sensação é de que tenham aumentado. “Com o desemprego aumentando, a tendência é que aumente ainda mais de agora em diante”, reforça.
O setor pressiona o poder público para que haja flexibilização e para tentar minimizar os prejuízos tomados com a crise provocada pela pandemia de coronavírus.
O Mais Goiás entrou em contato com a Polícia Militar, mas não obteve resposta aos questionamentos até o fechamento.