Justiça

Rildo Soares enfrenta segundo julgamento por feminicídio em Rio Verde

Exames indicaram que Monara ainda estava viva quando foi incendiada

Imagem do réu e da vítima
Monara foi abusada sexualmente antes de ter o corpo incendiado (Foto: reprodução)

Rildo Soares, suspeito de ser serial killer em Rio Verde, vai a júri nesta segunda-feira (15) pelo assassinato de Monara Pires Gouveia, 31 anos, que foi abusada sexualmente e teve o corpo parcialmente incendiado. O crime, segundo a Polícia Civil, foi motivado por vingança após a vítima furtar R$ 600 da casa do suspeito. O julgamento marca o segundo Tribunal do Júri de Rildo, que já havia sido condenado pelo assassinato de Elisângela Silva de Souza, 26 anos, no último dia 10. Ele recebeu pena de 41 anos, 8 meses e 33 dias de prisão em regime fechado, além do pagamento de indenização de R$ 100 mil à família da vítima.

À época dos fatos, Rildo confessou ao delegado Adelson Candeo, titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), em depoimento prestado na Casa de Prisão Provisória do município, ter abusado sexualmente de Monara antes de matá-la. A confissão foi reforçada durante a reconstituição do crime, realizada no local onde o corpo da jovem foi encontrado parcialmente queimado, em julho deste ano.

imagem do local onde onde o corpo foi encontrado
Exames indicaram que a vítima ainda estava viva quando foi incendiada (Divulgação PCGO)

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Segundo o delegado, a vítima vivia em situação vulnerável, e Rildo alegou que matou Monara após ela ter furtado R$ 600 de sua casa durante uma limpeza, valor que ele disse ser destinado ao pagamento do aluguel. “Ele disse que a encontrou um mês depois, levou-a a um terreno e a matou”, explicou Candeo.

Imagem do réu durante a reconstituição
Suspeito demonstrou como teria cometido o homicídio no local do crime (Foto: reprodução)

Exames necroscópicos indicaram que Monara ainda estava viva quando foi incendiada, evidenciando a extrema violência e crueldade do crime. Em vídeo obtido com exclusividade pelo Mais Goiás, o suspeito detalhou, “Dei duas cacetadas nela. Ela caiu lá e eu coloquei fogo na cama box e saí correndo do local.” O réu afirmou ainda que permaneceu por alguns minutos sobre a cama em chamas para impedir que a vítima conseguisse sair do local.

Terceiro julgamento ocorre nesta terça (16)

Na terça-feira (16), será a vez de Alexânia Hermógenes Carneiro, de 40 anos, conhecida como Lessi, com sessões previstas para começar às 9h. Nos três processos, o réu responde por crimes que incluem feminicídio triplamente qualificado, estupro e ocultação de cadáver.

Sobre a morte de Alexânia, o acusado declarou que ficou revoltado ao descobrir que ela teria comprado drogas de um traficante, alegando que seriam para ele, e que, ao ser cobrado por uma dívida que afirma não ter contraído, decidiu matá-la.

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