REPERCUSSÃO NEGATIVA

Romu de Aparecida divulga rap com imagens da ‘Morte’ e ‘câmara de gás’; vídeo é apagado após repercussão

Prefeitura afirma que conteúdo foi publicado sem autorização do comando da Guarda Civil Municipal e abriu investigação interna

ROMU X RAP
ROMU de Aparecida divulga rap com imagens da “morte” e “câmara de gás”; vídeo é apagado após repercussão (Foto: Reprodução/Vídeo)

A equipe de Rondas Ostensivas Municipais (Romu), unidade tática da Guarda Civil de Aparecida de Goiânia, divulgou nesta quinta-feira (13) um videoclipe de rap em suas redes sociais. O vídeo, apagado após a repercussão, mostrava cenas de patrulhamento, operações e treinamentos da corporação, além de imagens associando o grupo à figura da Morte e a um cemitério.

Nas cenas, uma viatura da Romu aparece posicionada entre lápides, ao lado de uma figura encapuzada segurando uma foice, referência direta à imagem da Morte. A música exalta a atuação da unidade como a “tropa de elite da guarda” e menciona combates urbanos. Um dos trechos chama atenção ao citar que “na câmara de gás figura o veneno”.

A expressão “câmara de gás” ficou conhecida após o caso de Genivaldo Santos, de 38 anos, que morreu em 2022, em Umbaúba (SE), após ser trancado no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal e submetido à inalação de gás lacrimogêneo.

O clipe também faz menção à “defesa da família” e à “aplicação da Justiça”. Após a repercussão negativa, o vídeo foi retirado do ar.

Em nota oficial, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia informou que o vídeo foi publicado sem o conhecimento do comando da Guarda Civil Municipal (GCM). Assim que a situação foi identificada, o conteúdo foi imediatamente removido das redes sociais.

Segundo o comunicado, foi instaurado um procedimento interno para apurar a execução e a postagem do material e adotar as medidas administrativas cabíveis.

A corporação destacou ainda que seu lema é a proteção ao cidadão e à cidade, atuando com base nos princípios da polícia comunitária e da defesa do patrimônio público. A GCM afirmou que não compactua com apologia à violência ou qualquer prática incompatível com a função pública.

Por fim, a nota esclarece que as cruzes mostradas no vídeo representavam apenas a desistência de alunos durante os cursos de formação da Romu, sem ligação com violência ou conotações negativas, e que as imagens reais exibidas correspondiam a treinamentos técnicos da corporação.

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