Saiba porque Goiânia pode ser a capital do vinho
Empresários do ramo calculam que a cidade fica atrás apenas de São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre

Pelo menos 30 novas lojas especializadas na venda de vinho começaram a funcionar em Goiânia nos últimos cinco anos. Algumas delas são gigantes top de linha, filiais de redes nacionais ancoradas em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
O consumo per capita quase triplicou nesse período, segundo os proprietários das principais casas.
Empresários do ramo calculam que a cidade fica atrás apenas de São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre – por causa do clima frio e da vinícolas instaladas no Rio Grande do Sul – e Belo Horizonte. Em termos proporcionais ao número de habitantes/consumo, estaria entre as três primeiras colocadas no ranking.
O boom no consumo do vinho na capital goiana é justificado pela pandemia – quando as pessoas foram obrigadas a ficar em casa e passaram a tomar mais bebidas alcóolicas-, a força econômica do agronegócio e do setor de serviços, a vinda de grandes empresas para o estado e uma sofisticação dos hábitos da população, principalmente a de alto poder aquisitivo, que passou a procurar produtos de melhor qualidade e status. Beber vinho, de modo geral, é chique, diriam os críticos.
Restaurantes novos
Além da fama de fazer bem para saúde, colabora com a explosão das vendas a abertura de novos restaurantes direcionados à elite na cidade. Com isso, pode-se degustar melhor sem ter de viajar ao exterior ou ao eixo Rio-São Paulo.
Mas o reino de Baco também passou a ser frequentado por consumidores das classes menos abastadas, popularizando ainda mais a bebida nas mesas dos goianos. Nesse caso, os campeões de vendas, segundo os proprietários, são os vinhos nacionais e os importados, com os preços abaixo de R$ 30. Sim, é possível encontrar rótulos por valores baixo e de qualidade razoável, com custo-benefício interessante. No entanto, o público endinheirado pode pagar até R$ 10 mil ou mais por uma garrafa. Na média, a procura é por vinhos entre R$ 500 e R$ 2 mil.
Clima quente
Apesar do clima quente do cerrado não ajudar muito, a expectativa é de mais crescimento na comercialização do fermentado da uva.
É claro que os preferidos disparados da maioria da população continuam a ser o chope e a cervejinha gelados. Com alta na demanda, o vinho passa a ser uma boa alternativa a essas bebidas.
Tim-tim!