PCR

Servidores da ABC defendem que Plano de Cargos e Remuneração vá à Assembleia

Texto do já estaria pronto, mas servidores aguardam avanços

Servidores da ABC defendem que Plano de Cargos e Remuneração vá à Assembleia
Servidores da ABC defendem que Plano de Cargos e Remuneração vá à Assembleia (Foto: Governo de Goiás)

Servidores da Agência Brasil Central (ABC) querem o envio do Plano de Cargos e Remuneração (PCR) de jornalistas, radialistas, técnicos, cinegrafistas, editores, etc. para a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Conforme a Associação dos Analistas e Assistentes de Comunicação do Estado de Goiás (AscomGoiás), já existem negociações com a Secretaria de Administração (Sead) e o texto já estaria pronto, inclusive. E, ainda, há grupos de estudo para ajustes no projeto, mas sem avanço. 

Conforme a associação, os vencimentos de analistas e assistentes de comunicação da ABC são menores do que de outros das mesmas categorias da administração. Isso, pois a lei que rege o atual PCR determina maior tempo para progressão e com o menor índice que os demais.

“Não há vagas [para progredir]. E ainda tem a cereja do bolo: quem está fora da ABC, mas está à disposição de outro órgão do próprio Executivo Estadual – situação de mais de 50% dos servidores da Agência, devido à exigência das comunicações setoriais dos órgãos – não conta tempo para progressão. Sem sombra de dúvida, temos hoje a pior, a mais estagnada e mais injusta carreira do Estado”, afirma o jornalista e analista de Comunicação Rodrigo Nunes Leles.

Ainda segundo ele, como a categoria é pequena, o impacto do PCR a curto e médio prazos praticamente inexiste, pois o enquadramento seria feito por faixa salarial. “O plano não concede nenhum tipo de reajuste exorbitante, mas corrige distorções importantes [a maioria delas nem tem natureza salarial] e fornece uma perspectiva de futuro aos servidores e à carreira. O texto é praticamente o mesmo para todos os órgãos; o que muda são detalhes, conforme as especificidades de cada carreira”, explica.

Outro ponto apontado por trabalhadores é a diferença salarial expressiva dos servidores administrativos para aqueles das áreas-meio e áreas-fim da empresa de comunicação (jornalistas e radialistas). “O mínimo que todo servidor quer é ter uma carreira justa e satisfatória dentro do Estado. Essa comparação entre área-meio e área-fim é apenas para evidenciar a disparidade que nossa categoria vivencia no dia a dia, e que mina a autoestima e o entusiasmo do servidor”, aponta o jornalista Luiz Cláudio Cavalcante, que atua na ABC como assistente de Comunicação.

O Mais Goiás procurou o governo para comentar. Em nota, a Secretaria de Estado da Administração informou que recebeu a demanda dos servidores e iniciou estudos para avaliar a viabilidade financeira para a restruturação do plano de carreira da categoria.