Silvye Alves fala em “alívio” após operação da PF contra suspeito de assédio
Deputada diz que assédio não é crime banal e pode evoluir para situações mais graves, como estupro
A deputada federal Silvye Alves (União Brasil) comentou nesta terça-feira (9) a operação da Polícia Federal que mirou o homem acusado de enviar imagens pornográficas para o e-mail de seu gabinete. Ao portal Mais Goiás, ela afirmou sentir “alívio parcial”, mas ressaltou os danos emocionais provocados pelo assédio em seu ambiente de trabalho.
“Me sinto aliviada em partes. Eu acho que esse tipo de abuso e assédio sexual mexe muito com o emocional e o psicológico da gente, especialmente por se tratar de um ambiente de trabalho extremamente sério e restrito ao trabalho legislativo”, declarou Silvye Alves ao portal.
A parlamentar destacou ainda que ela não é a única vítima do suspeito. “Eu sei que ele fez outra vítima mulher, em maio deste ano em Duque de Caxias”, pontuou. “As pessoas ainda acham que assédio sexual, moral, qualquer tipo de assédio é um crime banal neste Brasil. Não, não é. Esse tipo de assédio pode levar a outros piores, como o crime de estupro.”
O caso
Em agosto, Silvye denunciou publicamente os episódios de importunação sexual sofridos por meio do e-mail institucional. A Polícia Legislativa identificou o autor como um frentista de 31 anos, morador de Duque de Caxias (RJ) e reincidente em crimes contra mulheres.
Na manhã desta terça-feira (9), a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na cidade e impôs medidas cautelares ao investigado, que está proibido de acessar a internet, contatar as vítimas ou deixar a região metropolitana do Rio de Janeiro sem autorização judicial.