GOIÂNIA

Sintego entra na justiça para reverter suspensão de contratos temporários

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) entrou na justiça para reverter o…

Sintego entra na justiça para reverter decreto que suspende contratos temporários
Sintego entra na justiça para reverter decreto que suspende contratos temporários

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) entrou na justiça para reverter o decreto 893 da prefeitura de Goiânia, que suspendeu o contrato temporário de 3,1 mil servidores da cidade para a economia de verbas públicas, na última segunda-feira (13). No processo, que está na 2ª Vara da Fazenda Pública de Goiânia, o Sintego pede, também, que “seja concedida a liminar para determinar o pagamento dos salários aos professores contratados temporariamente antes da vigência do Decreto Municipal n˚ 896, de 13 de abril de 2020, até a duração do contrato de cada um destes trabalhadores”.

Segundo justificado pelo sindicato, o não pagamento dos trabalhadores temporários seria deixá-los sem renda mínima. “É deixá-los à sua própria sorte em busca de terem o que comer”, escreve a petição. E ainda: “O pretexto de uma pandemia não significa dizer que a administração pública tudo pode, é desejável destinar recursos para a saúde, pois esta é a que mais precisa, entretanto, não é cortando a renda dos trabalhadores.”

Decreto

A medida atinge diretamente 1.497 professores, 1.572 servidores da área administrativa e 28 temporários da Agência Municipal de Turismo e Lazer (Agetul), que atuavam no Mutirama e no Zoológico. Além desses, o número chega a 27 mil servidores efetivos, com cortes de horas extras, auxílio transporte e outras gratificações.

A justificativa da Prefeitura de Goiânia é que o corte foi devido à queda na arredação de impostos, em especial o Imposto Sobre Serviço (ISS), com a economia parada por causa da pandemia do novo coronavírus. Com isso, o Paço afirma que há o risco de um déficit de R$ 15 milhões mesmo com as medidas tomadas. Apesar disso, o município ressalta que há condições fiscais de suportar o rombo.

O decreto ainda ressalta que a suspensão dos contratos é válida para diversas áreas da administração municipal, com exceção das secretarias de Saúde, Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) e de Assistência Social (Semas). A prefeitura de Goiânia foi procurada para comentar a ação, mas informou que não iria emitir nota.