INVESTIGAÇÃO

Testemunha diz que psicólogo voltou para dar mais facadas em músico morto em Goiânia

Delegado afirmou que "excesso doloso" descaracteriza legítima defesa

Testemunha diz que psicólogo voltou para dar mais facadas em músico morto em Goiânia
Cantor Bruno, a vítima (Foto: Reprodução)

O delegado Vinícius Teles afirmou, em coletiva nesta terça-feira (29), que uma testemunha viu de perto o assassinato do músico Bruno Gama Duarte, 36, no último sábado (26), em Goiânia. Segundo essa pessoa, o professor e psicólogo do Instituto Federal de Goiás (IFG), Arthur Vinícius Silva Lima, 32 anos, após desferir vários golpes de faca e a vítima ficar desfalecida, deixou o local, mas voltou, atingindo com mais três facadas o pescoço do cantor.

Vale citar que a defesa do suspeito, preso nesta semana, em Catalão, alegou legítima defesa. Para o delegado, “ainda que houvesse a legítima defesa, ela não estaria presente, pois teria o excesso doloso. Pois ele vai e volta. A testemunha é presencial e acreditamos que ela tem muita credibilidade, pois relatou os fatos com previsão”.

Outras testemunhas prestarão depoimentos nesta semana na Delegacia de Investigação de Homicídios em Goiânia, que cuida do caso. O Mais Goiás não conseguiu contato com os advogados do suspeito, mas mantém o espaço aberto, caso haja interesse.

Sobre o crime

O psicólogo e professor universitário, de 32 anos, suspeito de matar o cantor Bruno Gama Duarte, 36, na noite de sábado (26), teria usado fotos da ex-namorada para atrair o músico ao Bosque dos Buritis, em Goiânia. A mulher teria um relacionamento com o artista.

O suspeito teria afirmado à corporação que não aceitava o fim do relacionamento e nem que a ex-companheira estivesse se relacionando com Bruno. Por esse motivo, decidiu se passar por ela e convencer a vítima a encontrá-lo. Testemunhas relataram que, antes do ataque, os dois discutiram em voz alta do lado de fora do parque.

Logo depois, o cantor foi visto correndo para dentro do Bosque, onde caiu ferido e morreu pouco tempo depois. O autor fugiu em um carro preto. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas, quando a equipe chegou, Bruno já estava sem vida.

A Guarda Civil Metropolitana também esteve no local. Bruno, que já atuava como cantor e era filho único, estava terminando sua graduação em Música pelo Instituto Federal de Goiás. Segundo a polícia, todo o crime foi premeditado, incluindo a estratégia para atrair a vítima, a rota de fuga e o uso de veículos planejados com antecedência.

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