Torcedores presos por envolvimento em agressões a rivais nem ao estádio vão, afirma delegado
Ação desencadeada hoje em Goiás e no Tocantins culminou com a prisão de 15 suspeitos, e na apreensão de três adolescentes

“A maioria dos integrantes de organizadas que estão envolvidos em agressões a torcedores rivais, nem ao estádio vão”. Com estas palavras, o delegado Samuel Almeida deu início à coletiva onde falou sobre a operação que nesta terça-feira (11) cumpriu 16 mandados de busca e apreensão, apreendeu três adolescentes, e prendeu 15 integrantes de uma torcida organizada do Goiás Esporte Clube.
Os presos na manhã de hoje, segundo Samuel Moura, participaram, em abril passado, de um ataque, em Aparecida de Goiânia, a torcedores do Vila Nova. Na ocasião, um jovem foi esfaqueado, chegou a ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital, mas sobreviveu.
Ao investigar o caso, o Grupo Especial de Proteção ao Torcedor (Geprot/Deic), da Policia Civil de Goiás, identificou 20 envolvidos. “Dias antes do ataque estas pessoas, que se dizem integrantes de uma torcida organizada, mas muitos nem ao estádio vão, criaram um grupo no WhatsApp apenas para planejar a emboscada. Importante salientar que este mesmo grupo atacou, em outra ocasião, torcedores do Vila Nova que voltaram de uma partida que nada tinha a ver com o Goiás, o que mostra que trata se de uma ação exclusivamente criminosa, que nada tem a ver com o futebol”, pontuou o delegado.
Durante a ação desencadeada hoje, os policiais apreenderam camisetas de organizadas do Goiás e do Vila Nova, armas brancas, e o carro modelo Fiat Mobi que foi usado na abordagem aos torcedores do Vila Nova no último dia 30 de abril. Os presos, que não tiveram nomes, nem idades divulgados, responderão por ameaça, associação criminosa armada, lesão corporal, e tentativa de latrocínio.