Três suspeitos de roubo de carga de energéticos são presos em Goiânia
Força-tarefa da polícia acredita que se trata de uma quadrilha que agia através de app; carga é avaliada em R$ 200 mil
Três suspeitos de envolvimento em roubo de cargas foram presos na manhã desta segunda-feira (23) ao tentarem revender produtos de crime, em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil, eles aplicavam golpes através de um aplicativo (app) de intermediação de fretes, chamado FreteBras. A polícia busca outros cinco suspeitos.
Segundo o delegado Alexandre Bruno Barros, que apura o caso, a quadrilha estava sendo monitorada desde o roubo de carga de energéticos, avaliada em R$ 200 mil, na última sexta-feira (20). O motorista teria sido contratado via app. Ele foi até uma empresa de bebidas em Anápolis, carregou o caminhão para entrega em Goiânia, mas sumiu com os produtos.
A força-tarefa, formada pela Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal, conseguiu achar o paradeiro dos suspeitos. Os energéticos estavam guardados em um galpão. No entanto, os policiais aguardaram até que eles carregassem o caminhão e tentassem revender o produto no Jardim . No momento da revenda deram a voz de prisão.
Foram presos Marlucio Aparecido de Sousa Filho, Hebert Chaves Pereira e Rafael Serafim. Outros cinco estão foragidos. A polícia também apreendeu R$ 1,6 mil, um veículo Honda Civic, dois caminhões Mercedez Benz e dois smartphones. É possível que a quadrilha tenha feito mais vítimas utilizando o mesmo procedimento.

O delegado Alexandre Bruno afirma que aumentou muito o número de roubos de cargas através do uso do app. “Muitos trabalham de boa fé, mas há muitos casos de motoristas que se cadastram e não passam por uma triagem, o que facilita golpes”, alerta.
Resposta
Através de nota, a plataforma Fretebras diz que adota verificações de seus usuários para publicarem cargas no site. “Dentre elas, para as empresas publicarem cargas no site, elas passam por um processo de validação prévio, o que envolve checagens de CNPJ em órgãos públicos. Para o caminhoneiro usar o aplicativo da Fretebras, por sua vez, este precisa registrar uma ANTT válida e vinculada a sua placa”.
Além disso, diz a nota, o site possui uma ouvidoria, que é responsável por “receber e tratar reclamações dos caminhoneiros contra as empresas e vice versa. De acordo com critérios pré-estabelecidos, tratamos essas reclamações, podendo inclusive bloquear e excluir usuários de usar a plataforma”.
Leia a nota completa da Fretebras
Como uma breve intro, a Fretebras é a maior plataforma online de anúncio de fretes do Brasil. Permitimos que empresas publiquem seus fretes para os mais de 350 mil caminhoneiros cadastrados na plataforma. Ou seja, nós não fazemos nenhum tipo de intermediação e apenas conectamos empresas que buscam caminhoneiros com caminhoneiros interessados em cargas através do nosso site e aplicativo.
Para facilitar a busca dos fretes e caminhoneiros entre as partes, a Fretebras adota algumas verificações de seus usuários. Dentre elas, para as empresas publicarem cargas no site, elas passam por um processo de validação prévio, o que envolve checagens de CNPJ em órgãos públicos. Para o caminhoneiro usar o aplicativo da Fretebras, por sua vez, este precisa registrar uma ANTT válida e vinculada a sua placa.
Além disso, temos uma área de ‘ouvidoria’, responsável por receber e tratar reclamações dos caminhoneiros contra as empresas e vice versa. De acordo com critérios pré-estabelecidos, tratamos essas reclamações, podendo inclusive bloquear e excluir usuários de usar a plataforma.
Sempre ressaltamos que essas validações e processos são feitos para contribuir e facilitar aos usuários que utilizam a Fretebras, porém não foram feitos e nem devem substituir os processos de validação e gerenciamento de risco que as empresas do setor já estão acostumadas a fazer. Qualquer checagem do caminhoneiro é de responsabilidade da empresa que está contratando-o.
Por fim, o simples fato de uma carga ter sido publicada através da Fretebras não garante que o caminhoneiro encontrou essa carga através do site e nem que esse mesmo caminhoneiro tenha sido o causador do roubo da carga. O caminhão pode ter sido interceptado durante sua viagem por uma quadrilha especializada em roubos de carga e o caminhoneiro, nesse caso, seria uma vítima.