REPERCUSSÃO

Triatleta atropelada na contramão em Goiânia pode perder patrocínios devido à lesões

Ana está impedida de exercer a profissão de personal trainer durante 60 dias

Triatleta atropelada na contramão em Goiânia pode perder perder patrocínios devido à lesões
Triatleta atropelada na contramão em Goiânia pode perder perder patrocínios devido à lesões (Foto: Reprodução)

Com Diogo Luz

A triatleta Ana Carolina Viggiani, atropelada pela segunda vez ao protestar contra motoristas que trafegam pela contramão, em Goiânia, no fim do mês passado, rompeu o tendão do pé esquerdo e teve uma fratura no osso no mesmo pé, além de uma microfratura no quadril do lado direito. A informação já havia sido confirmada ao Mais Goiás, mas dessa vez a esportista informou que as lesões vão impedir que ela participe da Copa Brasília Triathlon e de exercer a profissão de personal trainer durante 60 dias.

Segundo ela, a impossibilidade de disputar a competição pode fazer com que ela perca patrocínios esportivos e, sem poder exercer a profissão, a renda fica afetada. “Já é a segunda prova que eu perco devido ao acidente. Ela me tirou sonhos, trabalho, pode me tirar patrocínios.” Sobre o atropelamento, o caso mais recente aconteceu em 27 de agosto, na Rua Solimões, no Parque Amazônia, quando ela gravava com o celular os motoristas infratores e foi atingida por um veículo.

Enquanto a atleta filmava, alguns veículos chegaram a desistir e a retornar para a avenida. Contudo, a condutora de um carro prata não teria gostado e atropelou a moradora. À época, ao conversar com o Mais Goiás, Ana disse que ia para a Delegacia de Crime de Trânsito e no Instituto Médico Legal (IML). “Ela [a motorista] passou por cima do meu pé esquerdo. Eu tinha prova de triatlo esse fim de semana, em Brasília. Ela vai pagar por danos morais e materiais”, afirmou sobre o caso.

Ainda conforme a moradora, a suspeita de atropelamento fugiu do local para não ser presa em flagrante. A Polícia Militar (PM) foi acionada. “Além do pé e do quadril, tive uma crise convulsiva por ser epilética. Estão ameaçando me matar, passar por cima de mim quando eu sair para correr”, relatou.

No início do mês de julho deste ano, a moradora também estava gravando no local para denunciar a situação e foi atropelada. Para fugir do engarrafamento na Avenida Transbrasiliana, muitos motoristas cometem essa infração, que pode gerar acidentes. Após o primeiro atropelamento, conforme Ana, a prefeitura de Goiânia mandou equipes ao local para reforçar a sinalização.

Polícia Civil confirmou que houve o registro da ocorrência e que fará a investigação. O dono do carro foi identificado, conforme a triatleta. Ao portal, ela confirmou no fim daquele dia que esteve no IML.