Último envolvido no sequestro de empresário paulista é preso em operação conjunta de Goiás e MG
Homem foi detido em Belo Horizonte
A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), prendeu, na tarde desta segunda-feira (3), o último executor do sequestro relâmpago que teve como vítima um empresário paulista. O crime foi planejado por Josemar Alencar Linhares de Oliveira, ex-servidor comissionado da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que usou sua posição para atrair a vítima a Goiânia sob a falsa promessa de negócios no setor de criptoativos e soluções de pagamento facilitado. Na época do crime, dois integrantes que participaram da ação morreram em confronto com a Polícia Militar (PM).
O sequestro aconteceu em junho, quando o empresário foi abordado por dois homens contratados por Oliveira. A vítima, que inicialmente se dirigia a Goiânia para uma reunião comercial, foi sequestrada e forçada a transferir R$ 6 mil via PIX. Durante o trajeto para o cativeiro, os sequestradores se assustaram com a aproximação de uma viatura policial e, temendo serem presos, abandonaram o empresário algemado em uma mata.
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A vítima conseguiu escapar e acionou a Polícia Militar, que, após uma operação de busca, localizou os suspeitos e iniciou uma troca de tiros. Ambos os sequestradores morreram durante o confronto, e revólveres e algemas foram encontrados no veículo em que estavam fugindo.
Josemar Alencar Linhares de Oliveira, o mentor do sequestro, já havia sido preso em setembro de 2025 e, em uma sentença proferida posteriormente, foi condenado a 12 anos e nove meses de prisão pelos crimes de extorsão, roubo, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Ele usou sua função pública para enganar o empresário e atraí-lo para Goiânia, com a intenção de aplicar um golpe.

Em depoimento informal quando foi preso, Oliveira disse para os policiais que tramou o sequestro porque o empresário estaria lhe devendo R$ 500 mil, referente à comissão por uma negociação em moeda digital que ele havia intermediado.
A operação, realizada com o apoio da Polícia Civil de Minas Gerais, teve como objetivo identificar e responsabilizar todos os envolvidos. Com a prisão do último executor na região metropolitana de Belo Horizonte, a investigação foi concluída.
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