Usina estadual de oxigênio gera economia e evita falta do insumo para tratar Covid em Iporá

Um mês após a inauguração da usina de oxigênio hospitalar instalada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Márcio José Gago, em Iporá, o município já economizou pelo menos R$ 100 mil. Com o local, a cidade tem conseguido evitar a falta do insumo para tratar pacientes com Covid-19. A estrutura foi viabilizada pelo governo estadual e é gerida com recursos municipais. O local também recebeu 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

No início do ano, a cidade passou por dias de tensão ao registrar falta de oxigênio hospitalar devido ao atraso na entrega do insumo.

Conforme relata a secretária Municipal de Saúde, Daniela Sallum, Iporá dependia de oxigênio fornecido por uma empresa de Goiânia. Com o aumento repentino do uso e atraso nas entregas, o município ficou por pelo menos três dias com insuficiência do insumo. “Na ocasião, ficamos muito apreensivos. A remessa que estava marcada para chegar de manhã, chegava somente a noite. Ficamos com muito medo”, diz.

Distribuição e segurança

Com a usina, esse risco acaba e ainda há possibilidade de fornecimento do oxigênio hospitalar para municípios vizinhos. “Podemos fazer isso de forma ordenada, mas ainda dependemos o enchedor”, aponta a secretária.

Por enquanto, a usina serve a própria UPA onde está instalada; o Hospital Municipal; as chamadas ambulâncias brancas; o Serviço Ambulatorial Móvel de Urgência (Samu), além de envio para pessoas acamadas, que recebem oxigenoterapia em casa.

O prefeito de Iporá, Naçoitan Leite (sem partido), aponta que a estruturação da usina de oxigênio levou segurança e economia não somente para o município, mas para as cidades vizinhas. “Gastávamos em torno de R$ 100 mil. Em alguns meses mais críticos, como março, chegamos a gastar R$ 150 mil. Foi um grande ganho para a região. Antes tinhámos que enviar pacientes para Goiânia, agora recebemos das cidades vizinhas”, salienta o gestor.

Casos

Iporá vacinou 14.862 pessoas para a primeira dose — cerca de 54% da população. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 5.430 pessoas tiveram a vacinação completa contra a Covid-19.  Ainda assim, a secretária de Saúde alerta para o aumento no número de casos. Boletim de segunda-feira (22) aponta que há 589 casos ativos no município e 2.110 total desde o início da pandemia. Nesta terça, houve registro de duas novas mortes, com total de 78 óbitos.

“Precisamos enfatizar que o primeiro passo para barrar a pandemia é a vacina. Mas isso não adianta. Quando usamos a máscara estamos respeitando a nós mesmos, mas também nossos amigos, nossos vizinhos e os profissionais de saúde. O vírus é altamente contagioso e transmissível e só pode ser barrado com ações conjuntas de todos”, reforça a secretária.