Vereadora convoca reunião emergencial com trabalhadores de maternidades em Goiânia
Iniciativa é uma resposta às denúncias recebidas pelo gabinete da parlamentar
A vereadora Aava Santiago (PSDB) convocou uma reunião emergencial com trabalhadores das três maternidades de Goiânia: Dona Íris, Nascer Cidadão e Célia Câmara. O encontro será realizado nesta segunda-feira (25), a partir das 13h, no auditório Carlos Eurico da Câmara Municipal. A iniciativa é uma resposta às denúncias recebidas pelo gabinete da parlamentar.
Profissionais relatam falta de insumos, atrasos salariais, superlotação e pressão para assinarem pedidos de demissão em vez de receberem a rescisão contratual. Conforme os trabalhadores, as novas organizações sociais que assumem a gestão também resistem em recontratar parte das equipes já atuantes nas unidades, aumentando a sensação de insegurança.
Para Aava, o cenário é reflexo do descaso na condução da saúde pública da cidade. “As maternidades de Goiânia são patrimônio da população. Tratar com negligência os profissionais que sustentam esses serviços é condenar milhares de mães e bebês à desassistência. Não vamos aceitar esse abandono”, afirmou.
A vereadora destacou que a reunião será um espaço para ouvir os trabalhadores e cobrar providências imediatas. “Não é aceitável que tenhamos partos suspensos e profissionais coagidos a abrir mão de seus direitos. Essa crise exige respostas urgentes, transparência na transição das gestões e o pagamento integral dos salários. Estarei ao lado dos trabalhadores para cobrar soluções concretas”, reforçou.
Contexto
A convocação ocorre em meio a uma série de denúncias de irregularidades no processo de transição da gestão das maternidades de Goiânia. Na última sexta-feira (23), o Ministério Público do Trabalho recebeu queixa de uma servidora sobre pressão sofrida durante a entrada da OS Patris no Hospital e Maternidade Dona Íris. A Prefeitura nega irregularidades e afirma que a transição é planejada, com comissões oficiais acompanhando o processo.
No próximo dia 29 de agosto, a gestão das três maternidades passará oficialmente da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) para organizações sociais contratadas emergencialmente pela Prefeitura, em contratos de três meses que somam R$ 38 milhões.