Acieg vê momento ‘delicado’ às vésperas do tarifaço e prepara seminário
A Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) organiza um seminário…
A Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) organiza um seminário especial sobre os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil. O evento ocorrerá durante a Feira Internacional de Comércio Exterior (Ficomex), de 2025, que será realizada nos dias 4, 5 e 6 de setembro, em Goiânia. A feira reunirá representantes de 50 países e de diversos estados brasileiros.
De acordo com o presidente da Acieg, Rubens Fileti, o objetivo é promover um amplo debate envolvendo o setor produtivo e governadores, para que se estabeleça um pacto em torno de alternativas viáveis. “Queremos trazer os governadores à mesa para conversar sobre o tema juntamente com o setor produtivo. Sair daqui com um pacto do que pode ser feito e proposto para os EUA analisando esse mês de relacionamento comercial após o tarifaço”, afirma.
Para Fileti, o movimento do governo norte-americano é mais político do que econômico. “O cenário tende a piorar. Não temos certeza se haverá um tipo de retaliação do Governo Federal e, consequentemente, uma nova retaliação dos Estados Unidos. Se tivermos um retorno negativo por parte do Governo Federal, com certeza, os EUA também vão fazer novos movimentos de taxação”, alerta.
Ele também destaca a articulação de várias entidades empresariais e menciona uma possível missão da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aos Estados Unidos no início de setembro. “Muitas entidades estão trabalhando para tentar uma articulação. A CNI está propondo uma missão empresarial nos EUA para viabilizar uma alternativa”, diz.
Para o dirigente, o momento é de incerteza e instabilidade, sem espaço para previsões técnicas seguras. “Não tem uma análise de projeção técnica do que pode acontecer. Essa variável política nos deixa à mercê de algo passional”, conclui.