Bloco Brilha Goiânia indica Aava Santiago para titularidade da CEI da LimpaGyn

O processo de composição da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que vai investigar o contrato da Prefeitura de Goiânia com o Consórcio LimpaGyn avançou nesta sexta-feira (29) com a indicação de alguns membros titulares sendo feito por seus blocos parlamentares como a vereadora Aava Santiago (PSDB), que teve seu nome oficializado pelo Brilha Goiânia, liderado pelo vereador Lucas Vergilio (MDB).

A indicação foi encaminhada por Vergílio, uma das vozes mais ativas da oposição ao prefeito Sandro Mabel (UB), em ofício ao presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), no começo da tarde desta sexta-feira (29). O documento foi assinado também pelos demais integrantes: Lucas Kitão (União Brasil) e Bruno Diniz (MDB). No texto, os parlamentares destacaram o compromisso de Aava com a ética pública e a transparência.

Além do Brilha Goiânia, o PL já havia indicado William Veloso como representante e permanecerá assim. Já o Bloco Goiânia Limpa vai indicar o vereador Welton Lemos (Solidariedade) como titular e Cabo Senna (PRD) como suplente. Senna, autor do requerimento que deu origem à CEI, havia se colocado à disposição para assumir a presidência ou a relatoria da comissão, cargos de protagonismo que serão definidas após a instalação do colegiado.

O avanço da composição ocorreu um dia depois de o plenário da Câmara aprovar um requerimento do vereador Léo José (SD), que estabeleceu novas regras para a definição das vagas em CEIs. O texto recebeu 19 votos favoráveis e 12 contrários e instituiu três pontos principais: manutenção da proporcionalidade já prevista no regimento interno, critério de desempate baseado na soma dos votos obtidos por cada vereador de partido ou bloco, e irrevogabilidade das indicações feitas.

Apesar de não ter assinado o requerimento que instituiu a CEI da LympaGyn, Aava Santiago passou a ser uma das vozes mais críticas em defesa da comissão. Em sessão na última quarta-feira (27), afirmou que não aceitaria que a CEI fosse tratada como espaço de chantagem ou barganha política, como havia sugerido Mabel em algumas ocasiões. “Quanto mais o prefeito trabalha nos bastidores para impedir que a CEI aconteça, mais convicta eu fico de que ela deve acontecer”, declarou.

Ao mesmo tempo, a tucana havia se mostrado cautelosa em relação à formação dos blocos, cobrando clareza sobre as regras do processo. “Eu não quero embarcar em nenhuma aventura frágil, juridicamente instável. Enquanto as regras não estiverem claras, eu não vou colocar meu nome em uma situação que possa ser utilizada de forma contrária à minha atuação”, disse à coluna.