COLUNA DO DOMINGOS KETELBEY

CEI da LimpaGyn aprova primeiras convocações e anuncia ida ao aterro sanitário

CEI da LimpaGyn aprova convocações de diretor, fiscais e cooperativas

CEI da LimpaGyn: terceira sessão marca ínicio das convocações (Foto: Reprodução / TV Câmara)

A terceira reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da LimpaGyn, realizada nesta terça-feira (23), aprovou uma leva de convocações que deve movimentar os próximos trabalhos. Entre os nomes confirmados estão o diretor do consórcio, Renan Andrade; o gestor e os fiscais do contrato; além dos representantes de 15 cooperativas de reciclagem que recebem material recolhido pela empresa. No radar dos vereadores integrantes do colegiado também está a ida ao aterro sanitário.

O presidente da CEI, Welton Lemos (SD), disse em coletiva que o colegiado pretende ouvir os primeiros convocados já na próxima semana. “Convocamos pessoas que entendemos importantes para a elucidação das informações. Temos muitos documentos em mãos, mas precisamos de depoimentos. São 15 cooperativas, o gestor e cinco fiscais do contrato. Independente de gestão passada ou atual, quem for necessário, será chamado”, declarou.

Quem foram os primeiros convocados pela CEI da LimpaGyn?

Além do diretor Renan Andrade, devem prestar depoimento o gestor do contrato e cinco fiscais: Paulo Henrique Francisco Vargas, Listz Mendes Cardoso, Heber Graciano da Silva, Leandro dos Santos Barbosa e Juliano Martins da Silva. Também foram aprovadas convocações de representantes das cooperativas Ambiental, Coopermas, Cooperfami, Carrossel, Cooprec, Seleta, Goiânia Viva e Coopera Bem, entre outras que recebem recicláveis do consórcio.

Welton também informou que a comissão fará uma visita técnica ao aterro sanitário na tarde da próxima segunda-feira (29). A intenção é entender o processo de medição e descarte dos resíduos. “Queremos saber de que maneira é feita a pesagem, que tipo de lixo chega ao aterro e como esses dados alimentam as medições. Isso vai trazer luz ao processo”, afirmou.

A vice-presidente da CEI, Aava Santiago (PSDB), foi mais dura ao criticar a postura do consórcio. Para ela, o envio de milhares de páginas de documentos pouco objetivos representa uma tentativa de “obstrução”.

“Recebemos um combo de informações diluídas, muitas irrelevantes. É um insulto com o parlamento e com o contribuinte. O contrato prevê R$ 210 por metro de varrição na Avenida Universitária, mas os moradores relatam que os caminhões não passam todos os dias. Precisamos confirmar se os fiscais estão medindo corretamente”, disse.

O relator, William Veloso (PL), também apontou dúvidas que pretende esclarecer com os depoimentos. “A empresa presta um serviço público, mas é privada e precisa ter lucro. Como ela obtém esse lucro? O que tem dentro dos caminhões? É lixo ou material mais pesado? Há bairros que ficam 15 dias sem coleta. Vamos precisar de planilhas, placas dos caminhões e confrontar essas informações. Só assim entregaremos um relatório digno da sociedade”, ressaltou.

Apesar do grande volume de documentos enviados pela empresa e pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), Welton garantiu que o cronograma não será alterado. “Não vamos ser pautados por interesses externos. É muito trabalho, mas o relatório será sério, técnico e isento. Sem pré-julgamentos e sem açodamento”, reforçou.