COLUNA DO DOMINGOS KETELBEY

Deputados federais chamam Caiado de “presidente” em visita a presídio

O governador Ronaldo Caiado (UB) ouviu elogios de sua gestão frente à segurança pública e…

Em visita a Complexo Prisional, Caiado ouve estímulos a candidatura presidencial (Foto: Divulgação)

O governador Ronaldo Caiado (UB) ouviu elogios de sua gestão frente à segurança pública e estímulos de parlamentares de outros estados, durante visita ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na tarde desta quarta-feira (24). O chefe do Executivo estadual levou deputados federais ao presídio para mostrar o modelo de gestão penitenciária. Do Rio de Janeiro, o deputado federal Sargento Portugal Neto (Podemos-RJ) disse que Caiado prometeu “guerra ao crime organizado”.

A cena ganhou contornos de campanha. “Se não tiver atitude por parte de um governador, vai ficar muito bonito no papel. Eu conversei com o nosso governador, que eu espero que seja o nosso presidente da República, e perguntei: o que você vai fazer pelo meu estado no dia seguinte? Ele falou: ‘Vou começar uma guerra contra o crime organizado’”, relatou Portugal Neto, acrescentando que o Rio de Janeiro “virou uma escola do crime”.

A deputada federal por Minas Gerais, Ione Barbosa (Avante) também engrossou o coro pró-Caiado: “Aqui tem hierarquia, aqui tem disciplina. Aqui é o exemplo como se faz segurança pública através do nosso futuro presidente Caiado”, declarou, ao classificar Goiás como referência nacional.

Já Caiado destacou ter “certeza absoluta” de que será capaz de replicar o modelo goiano em âmbito nacional, caso seja eleito presidente da República. “Eu quero chegar na presidência, porque vou mostrar que isso é possível. Em um ano e meio, dá para dar outra vida a qualquer estado brasileiro”, disse, arrancando aplausos dos parlamentares presentes.

O governador também aproveitou para reforçar críticas ao governo federal e à proposta em debate no Congresso. Segundo ele, a União repassou apenas R$ 980 milhões em segurança desde 2019, menos de 5% do total aplicado pelo Estado no período. “Goiás já investiu mais de R$ 17 bilhões. O auxílio federal é insignificante. É fundamental que os estados tenham mais autonomia para gerir recursos e enfrentar o crime organizado”, afirmou.

Caiado defendeu ainda mudanças no texto da PEC, como a destinação imediata de bens apreendidos de facções criminosas aos estados que realizam a operação. “Não adianta a polícia prender e depois ver helicópteros e jatos voltando para as mãos dos bandidos. Esses ativos precisam ser usados pelo Estado para combater o crime”, pontuou.

Desde 2019, o Tesouro Estadual já investiu mais de R$ 350 milhões na construção, reforma e aparelhamento de unidades prisionais, além da compra de armas, munições e equipamentos de segurança. Como resultado, o sistema goiano acumula cinco anos sem registros de rebeliões e mais de dois anos sem apreensão de armas de fogo dentro das celas.