COLUNA DO DOMINGOS KETELBEY

Gayer ignora Caiado como presidenciável e admite acordo para “pacificação” com o Governo

O deputado federal citou nomes de Michelle Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Tarcísio de Freitas como possíveis presidenciáveis no campo bolsonarista

O deputado federal Gustavo Gayer discursou no primeiro encontro do PL de 2025 (Foto: Divulgação)

Em um discurso recheado de recados nesta segunda-feira (9), o deputado federal Gustavo Gayer (PL) não só projetou uma uma futura hegemonia bolsonarista na política brasileira, como também ignorou explicitamente o nome do governador Ronaldo Caiado (UB), que se posiciona como pré-candidato à presidência da República em 2026, e reforçou que “o próximo presidente será Bolsonaro ou quem Bolsonaro escolher”.

“O próximo presidente do Brasil vai ser de direita. Vai ser Bolsonaro ou quem Bolsonaro colocar o dedo.”, afirmou Gayer, citando a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) e até o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e não pontuou o nome de Caiado, que já lançou sua pré-candidatura à presidência da República trabalha ativamente para herdar parte do eleitorado bolsonarista.

Em outro momento do discurso, Gayer citou as “pressões e intimidações” que prefeitos do PL teriam sofrido nos primeiros meses da atual gestão estadual, em referência direta a movimentos articulados pelo entorno do governador para atrair aliados da base bolsonarista.

“Tem gente se vendendo por algo que só vai trazer benefícios nos dois primeiros anos. Nos dois últimos anos, não vai ter nada. Nós vamos valorizar quem entender isso e ficar com a gente”, disse Gayer. Na sequência, ele explicou detalhes do acordo costurado para pacificar a relação do partido com o governo estadual.

“Houve uma possibilidade de sentarmos à mesa como pessoas civilizadas e chegarmos a um acordo onde o nosso partido não seria mais perseguido, os nossos prefeitos fossem tratados com dignidade, suas demandas atendidas”, afirmou Gayer. Segundo ele, após o entendimento, os prefeitos do PL passaram a ter “suas demandas atendidas normalmente” pelo governo.


Gayer também se mostrou animado com o futuro do partido e a “perspectiva de poder” na mira. “Até o mais odioso esquerdista sabe que a direita vai comandar o país”, salientou. Ele também projetou o PL como a maior força política do estado até o final de 2026. “Nós vamos explodir e ninguém vai conseguir segurar isso. O PL vai ser o maior partido de Goiás”, previu.