Oposição a Mabel perde força com formação de blocos para a CEI da LimpaGyn

A sessão desta quarta-feira (27) da Câmara Municipal de Goiânia foi marcada pela corrida dos vereadores para formalizar blocos parlamentares que vão definir a composição da CEI da LimpaGyn. A medida praticamente invalida as indicações feitas anteriormente e abre espaço para que a base do prefeito Sandro Mabel (União Brasil), que antes resistia à criação da comissão, tenha mais influência nos rumos do colegiado.

Partidos que já haviam indicado nomes, como o PT e o PL, agora correm o risco de perder espaço. O PT havia confirmado Fabrício Rosa como titular, mas decidiu não formar bloco com nenhuma outra sigla, o que pode fragilizar sua posição. O mesmo acontece com o PL, que apresentou William Veloso como indicado. À coluna, o petista reconhece que corre risco do partido sequer ter cadeira ao longo dos trabalhos.

Em plenário, o vereador Coronel Urzeda (PL) oficializou a escolha. “Estou formalmente informando à mesa que o Partido Liberal está indicando o vereador William Veloso para compor a CEI da LimpaGyn. Vou fazer isso de forma escrita, mas gostaria que fosse registrado nos anais da Casa”, afirmou.

Novos blocos também foram anunciados. O bloco Governança reúne Ronilson Reis (SD), Wellington Bessa (DC), Isaías Ribeiro (Republicanos) e Markim Goya (PRD). Já o bloco Liderança tem Sanches da Federal (PP) como líder, acompanhado de Heyler Leão (PP), Dr. Gustavo (Agir) e William do Armazém (PRTB).

Outro movimento que chamou atenção foi a formação do bloco Parlamento Forte, liderado por Sargento Novandir (MDB), vereador que é contrário à comissão e chegou a ingressar na Justiça contra sua instalação. O grupo também inclui Anselmo Pereira (MDB), Henrique Alves (MDB) e Thiallu Guiotti (Avante).

O bloco Parlamentar Goiânia foi registrado com Sebastião Peixoto (PSDB), Juarez Lopes (PDT), Rose Cruvinel (UB) e Leia Klebia (Podemos). No PSDB, a vereadora Aava Santiago, que ontem disse que “entraria de cabeça na CEI”, agora adota posição de cautela.

A tucana fez questão de deixar claro que não pretende assinar nenhum bloco enquanto não houver definição clara das regras. “Eu não quero embarcar em nenhuma aventura frágil, juridicamente instável. Quanto mais o prefeito trabalha nos bastidores para impedir que a CEI aconteça, mais convicta eu fico de que ela deve acontecer. Mas enquanto as regras não estiverem claras, eu não vou colocar meu nome em uma situação instável”, afirmou à coluna.

O presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), explicou que blocos apresentados de forma equivocada nos últimos dias terão de ser protocolados em plenário. “Já haviam sido apresentados cinco blocos, mas eles foram apresentados de forma equivocada. Então, eu dei o prazo para que aqueles blocos que já foram apresentados, sejam apresentados em plenário. Em caso de surgimento de novos blocos ou mudança de blocos será refeita a solicitação para 24 horas”, disse.

Policarpo estabeleceu prazo até a manhã desta quinta-feira (28) para que os vereadores consolidem os blocos e comuniquem oficialmente suas formações. Só então será possível definir a composição final da CEI, que terá sete titulares e quatro suplentes com mandato inicial de 120 dias, prorrogável por igual período.