Prefeitura e Câmara de Aparecida deixam emendas impositivas para 2026
A coluna apurou que entre outras questões, a Prefeitura alegou aos parlamentares um rombo de quase R$ 500 milhões herdados da gestão anterior e ainda restam cerca de R$ 300 milhões a serem pagos
Após intensos debates e críticas, Prefeitura e Câmara de Aparecida de Goiânia chegaram na manhã desta quarta-feira (6), a um consenso: a criação das emendas impositivas no município ficará para 2026, com previsão de execução financeira apenas em 2027. A decisão foi tomada em reunião entre o prefeito Leandro Vilela, o presidente da Câmara, vereador Gilsão Meu Povo, ambos do MDB e demais parlamentares. Inicialmente prevista para os próximos meses, a medida foi adiada diante da situação financeira da cidade.
A coluna apurou que entre outras questões, a Prefeitura alegou aos parlamentares um rombo de quase R$ 500 milhões herdados da gestão anterior e ainda restam cerca de R$ 300 milhões a serem pagos.
Apesar do cenário fiscal adverso, o prefeito Leandro Vilela destacou que sua gestão já iniciou investimentos em áreas essenciais, como a climatização de escolas e Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o que, segundo ele, comprova o compromisso com a melhoria dos serviços públicos. No entanto, reforçou que não há margem orçamentária, no momento, para garantir o pagamento das emendas parlamentares.
Durante a reunião, vereadores defenderam a importância da implementação das emendas impositivas, argumentando que o instrumento fortalece a autonomia do Legislativo e permite uma atuação mais direta junto às demandas da população. Alguns parlamentares apontaram que Aparecida está em desvantagem em relação a outros municípios que já adotaram o mecanismo.
Mesmo com as críticas, prevaleceu o entendimento de que a adoção das emendas deve ocorrer com responsabilidade fiscal. A decisão conjunta busca preservar o equilíbrio financeiro do município e evitar compromissos que não possam ser honrados.