Bartolomeu Bueno, o Anhanguera, vira réu em peça de teatro
Júri Épico, espetáculo que mistura teatro e Direito, traz como réu o marcante e controverso Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera
Um dos personagens mais marcantes e controversos da história de Goiás será levado a julgamento nesta sexta-feira (22) e sábado (23). O Júri Épico, espetáculo que mistura teatro e Direito, traz como réu Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, conhecido por muitos como “Diabo Velho”. O evento será realizado no Teatro da PUC Campus V, situado no Jardim Goiás, em Goiânia, e vai contar com argumentos de promotores e defensores, além de personagens importantes na criação da capital.
A simulação recria o funcionamento de um Tribunal do Júri. Nele, um conselho de sentença vai ouvir os argumentos da acusação e da defesa, representados por atores que vão dar vida a personagens históricos e testemunhas. Ao final, caberá ao júri decidir simbolicamente o destino de Anhanguera.
A proposta é transformar um episódio do passado em um julgamento público, capaz de levantar reflexões sobre a colonização, a cultura e a identidade do estado.
Bartolomeu, o Anhanguera
Bartolomeu Bueno da Silva, conhecido como Anhanguera (“espírito maligno” em tupi), foi um bandeirante paulista que, no início do século XVIII, liderou expedições ao território goiano em busca de ouro. Ele é considerado o fundador da cidade de Goiás, que na época tinha o nome de Vila Boa de Goiás, primeira capital do estado.
Também é uma figura central na colonização da região, sendo o responsável por abrir caminho para a ocupação e exploração do território. Para alguns historiadores, é lembrado por praticar massacres, aprisionar e escravizar indígenas durante suas expedições, o que lhe rendeu o apelido de Anhanguera. Além de buscar ouro e riquezas sem preocupação com as populações locais ou com o impacto ambiental e social nas regiões.
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