American Crime Story: Ryan Murphy diz que próxima temporada será sobre homofobia
Em entrevista, criador da série antológica disse que Gianni Versace não devia ter morrido
Em entrevista ao THR, Ryan Murphy, criador de American Horror Story e agora também da premiadíssima American Crime Story, comentou sobre a próxima temporada da série de crimes, The Assassination of Gianni Versace, estrelada por Penélope Cruz.
Enquanto a primeira temporada adaptou o julgamento de OJ Simpson, a nova temporada irá falar sobre a morte e Versace nas mãos do serial killer Andrew Cunanan.
Em entrevista, Murphy disse que se a temporada passada lidou com racismo, a nova irá falar sobre homofobia: “Estamos falando de um crime dentro de uma ideia social. Versace, que foi a última vítima de Andrew Cunanan, não devia ter morrido. Um dos motivos que fizeram Cunanan atravessar o país fazendo vítimas, em sua maioria homens gays, foi a homofobia da época”.
O assassinato aconteceu em 1997 na Flórida e, como o seriado irá abordar, envolveu uma série de erros e acontecimentos estranhos. Murphy lembrou, por exemplo, que o assassino já estava na lista dos mais procurados do FBI e desconfiava que ele estava e Miami. Porém, mesmo assim, a polícia local se recusou a fazer barreiras, checagens ou sequer colocar cartazes de ‘procurado’ pelo motivo de que: ele matava gays.
Por isso, Murphy declarou que acha que “a temporada será mais sobre as coisas que permitiram que este crime acontecesse, mais do que sobre o crime em si”. Na época, o crime ganhou repercussão nos EUA e a polícia foi pressionada pelo poder da irmã de Gianni, Donatella, e por seu parceiro de longa data Antonio D’Amico.
D’Amico será vivido na série pelo cantor e ativista homossexual Ricky Martin que também comentou o caso: “Foi um crime que envolveu muita injustiça. Este é um papel de conscientização, eu não podia dizer não”, disse ele ao site.
The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story deve estrear em janeiro. Além disso, a terceira temporada já está sendo rodada e irá girar ao redor de George W. Bush e da negligência do governo americano sobre o furacão Katrina.