Música

Anderson Richards lança CD solo, ‘Eu Pra Mim’, nesta terça-feira (17) em Goiânia

Na cena goiana desde 1997, a banda Mr. Gyn foi medalha de ouro nas rádios…

Na cena goiana desde 1997, a banda Mr. Gyn foi medalha de ouro nas rádios locais  no início dos anos 2000 e flertou com o sucesso nacional com a cômica Minha Juventude e a emotiva Sonhando. 20 anos depois, o vocalista do grupo, Anderson Richards, se arrisca em lançar seu primeiro trabalho solo, Eu Pra Mim. Ao longo das 15 faixas, ele conta uma história (a sua) de encontros e desencontros amorosos.

O trabalho, ressalta o artista, se diferencia do que ele faz com o Mr. Gyn na sonoridade. Eu Pra Mim é essencialmente acústico, que “abre um formato de show mais intimista”. Além disso, com este projeto, há a possibilidade de gravar canções que não cabem na carreira da banda, como O Que É Que Há, uma releitura de Fábio Júnior, e Tocando Em Frente, de Almir Sater.

Anderson Richards se apresentará nesta terça-feira (17) para o lançamento oficial do disco no Teatro Sesi, às 20h. Apenas nesta apresentação, ele tocará todas as faixas do Eu Pra Mim. Nos demais shows da turnê, fará um mesclado de músicas solo, do Mr. Gyn (grandes sucessos ou não) e clássicos do pop nacional.

Leia nossa entrevista com Anderson Richards sobre o disco Eu Pra Mim:

Qual a grande diferença deste trabalho solo para o Mr Gyn?
A diferença principal entre os dois trabalhos é a sonoridade, que é acústica. Além da possibilidade de gravar algumas músicas que no Mr Gyn não ficariam legais como Tocando em Frente, do Almir Sater, e O Que É Que Há, do Fábio Júnior. No caso específico deste disco, ele tem uma história guiada. Algumas músicas foram gravadas pelo Mr. Gyn, mas não foram músicas de tanto sucesso. É a oportunidade de resgatar alguns fãs e talvez me apresentar para outro público.

Com este projeto, o Mr Gyn encerra suas atividades, entra em hiato, ou você tocará os dois juntos?
O Mr. Gyn segue firme! Temos inclusive marcado nosso DVD de comemoração de 20 anos em Uberlândia, no dia 2 de dezembro. Uma cidade que sempre foi especial para a banda. O Anderson Richards abre um formato de show intimista que tem sido feito em teatros, restaurantes e casas noturnas para um público sentado. Shows de voz, violão e carron.

O disco “Eu Pra Mim” tem composições suas?
Só quatro faixas não têm composição minha: O Que É Que Há (Fábio Júnior), Família (Titãs) e Tocando em Frente (Almir Sater), três covers, e Dois, do Leandro Carvalho. Esta faixa apareceu de última hora e se encaixou na história de encontros e desencontros amorosos do disco. As outras 11 são composições minhas sozinho ou em parceria com meus companheiros de banda.

De onde vem o nome “Eu Pra Mim”? Da faixa homônima?
A música deu nome ao disco e ela se encaixou justamente para reforçar uma opção minha – há muito tempo – de seguir realmente uma carreira de artista, onde a gente é cobrado a seguir algum padrão que personifica um artista. E a minha escolha é seguir sendo eu mesmo. Escrevendo coisas que talvez não estavam tão na moda e não possibilitariam ganhar mais dinheiro ou alcançar o sucesso nacional que a gente (o Mr. Gyn) passou tão perto. Eu mandei a Eu Pra Mim em um canal de WhatsApp para os fãs e depois de tê-la esquecido, com pedidos dos fãs, eu a resgatei. Ela voltou com força total para influenciar não só o nome do disco, mas o caminho que ele deve seguir. Aos 41 anos, independente das coisas que eu conquistei ou não por essas escolhas, tenho um sentimento de paz, missão cumprida e de ter feito a escolha correta.

Nos shows do seu projeto solo, você cantará apenas músicas do “Eu Pra Mim” ou também cantará músicas do Mr Gyn?
Apenas no show de lançamento desta terça (17) que cantarei todas as músicas do CD. Nos demais, será um mesclado destas faixas, músicas do Mr. Gyn que não estão no disco e clássicos do pop, sobretudo nacional.

O Mr. Gyn disponibiliza sua discografia para download gratuito no site. Você pretende fazer isso com o CD autoral também?
O Mr. Gyn sempre fez uma campanha contra a pirataria – nosso primeiro disco chamava Pirata Pra Que e era vendido a R$ 5. O Eu Pra Mim está disponível em todas as plataformas digitais e também no meu site oficial para steaming. A priori, ele não estará disponível para download gratuito. É um disco que eu espero e preciso que o público compre para que o projeto possa continuar.

Por que disponibilizar as músicas gratuitamente? Você acredita que este é o futuro da indústria fonográfica?
A música está nas nuvens. Sendo ela gratuita ou paga, o artista deve ser remunerado por ela. Senão, a carreira não se sustenta. Hoje tudo já está em plataformas digitais e, aos poucos, o CD vai deixando de existir, porém deve haver retorno. Se é com visualizações do clipe no YouTube, downloads ou propaganda, este retorno deve existir. Só por arte, não há como bancar a produção.