Crítica: Cobra Kai (5ª temporada) – Netflix

A primeira temporada de “Cobra Kai”, e até a segunda, são ótimos exemplos de como utilizar a nostalgia para reformular um produto e entregá-lo de maneira envolvente, divertida e despretensiosa – porém, com qualidade. Continuação dos filmes de “Karatê Kid” dos anos 80, o show traz atores das obras originais e mescla sua narrativa com personagens jovens criando tramas paralelas que fisgam a atenção das diferentes gerações. É uma novelinha respeitosa às suas origens e com um engajamento importante para o público atual. 

Mas agora com o lançamento da 5ª temporada, “Cobra Kai” já comprova que nostalgia não é o suficiente para segurar um roteiro repetitivo. Sai vilão velho, entra outro vilão velho, os dramas em torno de todos os personagens parecem sempre a mesma coisa. Já é previsível quem irá mudar de lado e se redimir, e por ai vai. É uma repetição que está estragando a marca e tornando um produto antes gostoso de ver, em uma novela arrastada e repleta de personagens chatos – tanto os adolescentes caricatos (em sua maioria atores fracos) quanto os adultos que não deixam de ser, em sua essência, também “adolescentes chatos” (e muitos ali também atores bem fracos). 

Até quando irão estender o assunto e apostar em uma fórmula já gasta não sei dizer. Mas que “Cobra Kai” entrou no grupo de ‘séries que já deveriam ter terminado’ isto é fato. Infelizmente. 

Cobra Kai/EUA

Número de episódios: 10

Onde assistir: NETFLIX

Com: William Zabka, Ralph Macchio, Xolo Maridueña, Mary Mouser…