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Crítica: Monstros S. A. (2001) | Especial Pixar

Brinquedos, formigas e agora monstros. A Pixar acerta ao pegar um conceito popular de ‘monstros…

(Foto: Reprodução/Disney-Pixar)

Brinquedos, formigas e agora monstros. A Pixar acerta ao pegar um conceito popular de ‘monstros assustando crianças em seus quartos’ e nos leva em uma jornada totalmente criativa. Na história de “Monstros S.A.”, uma fábrica de energia criou portais para o mundo dos humanos onde monstros são encaminhados para assustar as crianças durante a noite. Os sustos geram energia para o mundo dos monstros e possibilita que a cidade cresça e se desenvolva. Humanos são considerados tóxicos e perigosos, e tudo se complica quando uma garotinha é encontrada pelos monstros James P. Sullivan e Mike Wazowski.

A Pixar procura a cada filme evoluir nos aspectos tecnológicos. Em “Monstros S.A” o maior desafio foi criar a pelugem do personagem James P. Sullivan, e fazer com que ela se mexesse com naturalidade em meio aos diferentes cenários. Ao todo, o personagem possui cerca de 2.320.413 pelos em seu corpo. Como o cenário das animações em 3D ainda era novo nesta época, o feito alcançado pelo filme foi revolucionário. A naturalidade dos movimentos, e a maneira como o pelo se movimenta pelos cenários e com as diferentes luzes de cada um deles, foi um passo gigante para a indústria de animações computadorizadas.

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Seguindo a tradição Pixar, acima da evolução tecnológica o roteiro é o mais importante. Em “Monstros S.A.” temos uma história inusitada de amizade entre dois seres improváveis. Dois monstros e uma garotinha humana ganham nosso coração nesta história sobre superar medos, mas, principalmente, entender os medos. A subtrama dos vilões e seus planos movidos pela inveja e ganância são utilizadas com maestria pelo roteiro, e nunca tiram o foco, ou atrapalham, a conexão emocional entre o público e os protagonistas.

Este foi o primeiro filme de Pete Docter, que trabalhou também no roteiro e produção dos longas-metragens anteriores, e está presente desde o início da Pixar. Docter vai se tornar um dos maiores nomes do estúdio, mas isso vamos falar posteriormente.

“Monstros S.A.” é outro marco das animações. Não apenas pela evolução técnica oferecia, mas sim pelo roteiro inovados, criativo e emocionante. Outro filmaço da Pixar. Outra obra-prima!

Monsters Inc./EUA – 2001

Disponível para assistir: DISNEY+

Dirigido por: Pete Docter

Vozes no original de: Billy Crystal, John Goodman, Steve Buscemi…

Sinopse: Monstros S.A. é a maior fábrica de sustos existente. Localizada em uma dimensão paralela, a fábrica constrói portais que levam os monstros para os quartos das crianças, onde eles poderão lhes dar sustos e gerar a fonte de energia necessária para a sobrevivência da fábrica. Entre todos os monstros que lá trabalham o mais assustador de todos é James P. Sullivan (John Goodman), um grande e intimidador monstro de pêlo azul e chifres, que é chamado de Sully por seus amigos. Seu assistente é Mike Wazowski (Billy Crystal), um pequeno ser de um olho só com quem tem por missão assustar as crianças, que são consideradas tóxicas pelos monstros e cujo contato com eles seria catastrófico para seu mundo. Porém, ao visitar o mundo dos humanos a trabalho, Mike e Sully conhecem a garota Boo (Mary Gibbs), que acaba sem querer indo parar no mundo dos monstros.

Monsters, Inc. (2001) - Rotten Tomatoes