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Em carreira gospel, Luciano Camargo conta que não cobra para louvar: ‘Minha missão’

Cantor será uma das atrações de evento evangélico gratuito no réveillon do Rio de Janeiro

Em carreira gospel, Luciano Camargo conta que não cobra para louvar: 'Minha missão' Cantor será uma das atrações de evento evangélico
Imagem: Divulgação

Estar no palco durante o Réveillon sempre fez parte da trajetória de Luciano Camargo ao lado do irmão, Zezé Di Camargo. Ao longo de décadas, a dupla embalou inúmeras viradas de ano em capitais de todo o Brasil — quase todas. A exceção sempre foi o Rio de Janeiro. Agora, em carreira solo e seguindo o caminho gospel, Luciano quebra esse jejum de forma simbólica: será uma das atrações do Maravira, evento gospel que acontece na noite desta quarta-feira (31), no Maracanã, com entrada gratuita.

Palco de decisões históricas, jogos memoráveis e grandes shows nacionais e internacionais, o estádio carioca vai se transformar em um grande espaço de louvor para celebrar a chegada de 2026. Para Luciano, a apresentação tem um significado que vai muito além do local.

“É um privilégio, uma satisfação, não só pelo lugar, que é grandioso, maravilhoso… Mas a grandiosidade está em poder louvar, estando entre irmãos. É um privilégio levar a palavra do Senhor através da minha voz, meu instrumento de trabalho. O dom que Ele me deu faz parte da minha missão. Isso é muito maior”, afirma o cantor.

Convite inesperado mudou planos da família

Inicialmente, Luciano e a família já tinham outros planos para o fim do ano. Com a agenda da dupla tranquila e um evento em Brasília que dificilmente sairia do papel, o cantor, a esposa Flávia Camargo e as filhas chegaram a comprar passagens para Orlando, nos Estados Unidos, antecipando um período de descanso.

Tudo mudou após o convite para cantar no Ano-Novo no Maracanã — algo que Luciano define como uma verdadeira “obra divina”.

Mesmo como uma das principais atrações da noite, ele fez questão de não encerrar o evento. “Quando eles me chamaram, falei: ‘gente, vocês me colocam em qualquer horário. Só não me coloque para fechar porque eu sou muito pequeno para essa enorme responsabilidade’. Quem vai fechar a parte de louvores será o Fernandinho, que vai nos dar essa honra”, contou.

Fé, propósito e emoção

Antes da conversão, Luciano nunca teve grande ligação com a virada do ano. Na adolescência, em Goiânia, o Réveillon era simples: uma caminhada até a Praça Cívica, que tinha um grande Papai Noel inflável e uma árvore de Natal, seguida de descanso em casa.

Hoje, há cerca de cinco anos convertido, o cantor afirma que, quando não está nos palcos com o irmão de sangue, está ao lado dos irmãos de fé, participando de cultos, pregações e eventos religiosos. E é justamente nos pequenos templos — mais do que em grandes estádios — que ele sente seu propósito ecoar com mais força.

Em um dos momentos mais emocionantes da entrevista, Luciano revelou que nunca cobrou cachê para cantar em igrejas, independentemente do tamanho ou da estrutura, e que, muitas vezes, chega a custear as próprias apresentações.

“Eu nunca falei sobre isso e, me desculpa… Isso é uma coisa que eu sempre resguardei”, disse, emocionado. “Esse ano eu pude atender várias igrejas e eu não cobro quando estou louvando. Eu não preciso disso. O Senhor me deu tudo para que hoje eu pudesse entrar numa igreja, independente do tamanho dela, e louvar sem precisar pensar em oferta ou ganhos.”

Luciano faz questão de frisar que não critica outros artistas do segmento gospel que cobram pelos shows. “Tenho uma carreira consolidada, são 35 anos com meu irmão. O Senhor me preparou a vida toda para isso. Essa é a minha missão”, conclui.