Especial Dia da Mulher

Grandes mulheres em séries de TV

Separamos algumas das personagens mais duronas que passaram pela telinha

Se você está procurando uma série de TV que tenha uma mulher forte, destemida, independente e de modo geral durona para assistir, você veio à lista certa! Para celebrar o Dia da Mulher, separamos algumas das nossas personagens favoritas em séries que consideramos indispensáveis.

Antes de começar, vamos deixar claro que sabemos que não deu pra incluir todo mundo e que tem chances da sua personagem favorita estar de fora. Portanto, sinta-se à vontade para comentar de quem você lembra e de nos contar o motivo!

Sem mais delongas e sem nenhuma ordem em particular, lá vamos nós.

Dana Scully – Arquivo X

A ruiva mais durona do FBI. Descobriu que aliens eram reais e não surtou. Aguentou namorar com o mala do Mulder e ainda segurou a barra de entregar o seu filho mutante para a adoção para que os caras maus não o pegassem.

Com todas as suas bizarrices, Arquivo X é uma série muito legal (pelo menos até o final da quinta temporada). Boa parte disso se deve à cética Scully. A agente só lida com fatos, mas possui jogo de cintura o suficiente para lidar com o improvável.

Ela também tem o mérito de aparecer como protagonista em uma série de ficção-científica e mistério lá em 1993. Naquela época, mulheres mal passavam de objetos decorativos na grande maioria dos produtos do gênero, mesmo em séries mais diversas como Jornada nas Estrelas.

Pode-se dizer que a agente baixinha abriu portas para muitas personagens, lidando com monstros e conspirações internacionais sem nunca descer do salto nem manchar seu terninho azul marinho.

Olivia Dunham – Fringe

Aqui está uma influência direta de Scully. Olivia também é uma agente do FBI que lida com o sobrenatural e o estranho. Porém, o mistério de Arquivo X é substituído por eventos que acontecem de fato.

Nada de se esconder muito nas sombras: Olivia precisa lidar com cientistas malucos, viagens temporais e realidades paralelas sem perder a própria sanidade.

A série ganha pontos por Olivia ser uma personagem mais humana do que Scully: os acontecimentos ao redor trazem consequências para a vida da personagem e para todos ao seu redor. Se Arquivo X for muito piegas pra você, essa é uma boa dica.

O Clube do Clone – Orphan Black

Você não tem um bom motivo para ver Orphan Black e sim vários. A série canadense que mistura policial com ficção-científica gira ao redor de vários clones, todos vividos por Tatiana Maslany.

A série lida com muita coisa padrão do gênero, como paranoia e conspirações, mas dá tempo para respirar e absorver as personagens incríveis que formam o Clube do Clone.

Isto é, todas as irmãs que, num belo espírito de sororidade, se unem para desvendar de onde diabos elas vieram e com qual propósito.

Xena – Xena, a Princesa Guerreira

Aproveitando que estamos nessa levada, precisamos falar da Xena. A personagem fez pela fantasia o que Scully fez pelo sci-fi, estrelando a própria série de guerreira durona lá no meio dos anos 1990.

Nós até temos uma teoria na redação de que God of War é uma releitura de Xena. Não, sério. Pare pra pensar: ela também é uma guerreira durona que desafia os deuses e acaba por matar todo o panteão grego.

E sim, nós sabemos que a série só vale a pena até a terceira temporada. Mas se você quiser mais Xena, basta procurar na internet: a amazona sobreviveu em várias HQs.

Daenerys Targaryen – Game of Thrones

Nem é preciso se alongar para explicar porque Dany está nessa lista. Basta ler todos os títulos que ela conquistou ao longo das temporadas, de Mãe de Dragões a Rainha de Meereen.

Quando uma personagem faz tudo isso praticamente sozinha em um seriado no qual os protagonistas morrem feito moscas, isso significa que ela é muito mais durona que a média.

Ela conseguiu evoluir de só mais uma personagem para a favorita de muita gente pela Guerra dos Tronos. Agora só nos resta torcer para que ela chegue inteira até o final da série.

Phryne Fisher – Miss Fisher’s Murder Mysteries

Se você veio aqui para resolver mistérios e chutar traseiros, esta é a série pra você. Feminista ligada no 12, a série acompanha a detetive Fisher solucionando assassinatos bizarros em Melbourne durante os anos 1920.

Na trama, Fisher esbarra – e então passa por cima – em diversos obstáculos da sociedade machista. Muitos dos crimes também giram ao redor do assunto.

A série australiana começou humilde, mas conseguiu conquistar audiências pelo mundo e, inclusive, já está disponível na Netflix brasileira.

Lagertha – Vikings

Você pode ter começado a ver Vikings pelas batalhas e cenário histórico igual à todo mundo, mas provavelmente ficou por causa de Lagertha. Ao longo das quatro temporadas, a personagem evolui de reles esposa de Ragnar Lodbrok para se tornar uma das nobres mais poderosas da Escandinávia ancestral.

Sério: é impossível chegar onde a série está e ainda se importar com Ragnar – inclusive por alguns motivos irremediáveis. Já Lagertha segue forte como a personagem favorita de todos nós.

Michonne – The Walking Dead

Em um elenco em que os personagens não apenas tendem a morrer como também tendem a ser chatos, Michonne acerta em todos os pontos. Ela é durona, inteligente e se vira como ninguém.

A personagem cresceu rapidamente em importância na série. Pode-se dizer que ela e Daryl são os únicos personagens protegidos contra mordidas de zumbi, já que são os favoritos dos fãs.

Mesmo se não fosse assim, ela ainda é uma advogada com dreadlocks e uma katana. Não tem como ser mais legal.

Kara Zor-El – Supergirl

Quando anunciaram uma série da Supergirl, eu achei que ia flopar. Eu tinha zero esperanças nessa série. Que surpresa foi encontrar uma série adolescente que consegue ser tão divertida!

Ao contrário da pegada sisuda de Arrow, Supergirl se deixa voar nas costas de sua protagonista alienígena Kara Zor-El. Sem precisar ficar à sombra do Azulão, a série inclusive já fez muito pelo feminismo e pela DC.

Pelo primeiro, ela consegue esclarecer e apresentar pontos de uma maneira divertida e envolvente, como na vida profissional complicada de Kara. Pelo segundo, a série estabelece muita coisa que a DC não conseguiu fazer nem nos cinemas, como incluir de forma decente o Caçador-de-Marte na mitologia da série. Se você quer ação com altas doses de girl power, a escolha é essa.

Jessica Jones – Jessica Jones

Também no campo de super-heroínas, temos a personagem título da Netflix. Jones ganha força por ter toda a sua temporada girando ao redor de abuso contra mulheres de diversas formas.

Muitas vezes, os super-poderes são alegorias nem um pouco sutis sobre violências muito reais que mulheres enfrentam todo dia. Ao contrário de Supergirl, esta não é uma série otimista, mas que tem seu valor ao falar sobre superação e enfrentamento.

Jessica Jones é uma série que não é sobre super-heróis, mas sobre achar a sua voz e bater de frente com os males que te assombram.

Claire Underwood – House of Cards

Frank Underwood pode até ter começado o seriado da Netflix como seu maior personagem, mas agora quem dá as cartas é Claire. Tanto que Frank quase chegou a ser tirado de campo, definitivamente, ao longo da série.

Ela é, fácil, uma das melhores personagens dramáticas atualmente na televisão. Tão ou mais inteligente e calculista que Frank, assistir ao seriado virou uma lenta contagem regressiva de até quando estes dois vão se entender.

Ao contrário das outras mulheres apresentadas até agora nessa lista, Claire não precisa de poderes ou de armas para ser poderosa. Ela apenas é.

Annalise Keating – How to Get Away with Murder

Além de ser vivida pela agora vencedora do Oscar Viola Davis, Annalise Keating é incrível por seus próprios méritos. Professora de Direito criminal, ela e seus melhores alunos se envolvem em tramas cabeludas de assassinato.

O resultado é uma série que é tão envolvente quanto é surpreendente, te pondo pra pensar e juntar os pedaços da trama. A força motriz por trás de tudo isso é, claro, o gênio de Annalise.

Ao lado de Claire, Annalise provavelmente é a melhor personagem dramática atualmente na televisão e também pode ser conferida na Netflix.

Chrisjen Avasarala – The Expanse

Ainda falando sobre mulheres no poder, Claire pode lidar com um país e Annalise com crimes. Já Avasarala lida com planetas. Uma das protagonistas da ópera espacial, ela atua como sub-secretária da ONU em uma guerra solitária contra a corrupção.

Seu principal objetivo é evitar que as três maiores organizações do sistema solar, a ONU, a República Marciana e a Organização dos Planetas Exteriores, entrem em uma guerra que irá exterminar a humanidade.

E ela faz tudo isso usando o incrível poder da caneta, de favores políticos e muita puxação de tapete. Ela também consegue ser muito divertida, intimidando os homens em seu próprio jogo e falando um monte de palavrões. É provavelmente a vovó mais durona desta lista.

Virginia Johnson – Masters of Sex

A história de Virginia tem grande força por ter sido uma pessoa real, que sentiu na própria pele todos os obstáculos da série.

Virgina também está aqui por ser um grande nome da Ciência: ao lado de Bill Masters, se tornou pioneira na pesquisa científica sobre sexo e vida sexual humana ainda lá nos anos 1950 e 1960.

O seriado aborda toda a dificuldade da pesquisa e faz questão de mostrar como Virginia, muitas vezes sozinha, foi a responsável por manter o projeto vivo e em andamento. Isto porque ela começa sua jornada como uma simples secretária pra depois fazer História.

Leslie Knope – Parks & Recreation

Para finalizar a lista, um pouco de humor. Embora existam muitas mulheres na comédia, Leslie é a heroína e protagonista dessa série.

Isto é, mesmo que isso significa que ela é a arauta das próprias desventuras. Parks & Rec acompanha a árdua jornada desta servidora pública em busca de uma carreira, mas fala também dos amigos que ela faz pelo caminho.

Leslie mostra a dificuldade real de se estar em uma posição complicada e mesmo assim tentar ajudar o próximo. Eis aí uma característica que, sabemos, está sempre em falta.