Homem que já experimentou 182 drogas revela qual provocou a ‘pior viagem’
Britânico escreveu o livro 'A Bíblia dos Usuários de Drogas'
O britânico Dominic Milton Trott, autor do livro The Drug Users Bible (A Bíblia dos Usuários de Drogas), chamou a atenção ao afirmar que já testou 182 drogas diferentes ao redor do mundo. Ele defende que não é possível impedir totalmente o consumo de substâncias, mas acredita ser possível orientar as pessoas para reduzir riscos e minimizar danos. Entre tantos relatos, Trott surpreendeu ao contar qual foi a experiência que considera a pior viagem de sua vida.
O que ele nunca usaria
Segundo Trott, há uma única substância que ele jamais se arriscaria a experimentar: o fentanil. O opioide é considerado 50 vezes mais potente que a heroína e, para o autor, o medo que as pessoas têm dele é justificado, já que uma dose minúscula pode ser fatal.
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Experiências incomuns
Entre as experiências inusitadas que não o desestabilizaram está a “bhang lassi”, bebida tradicional feita com cannabis e popular em partes da Índia. Apesar de não causar a “pior viagem”, ele contou que o consumo deixou “um toque sinistro” em tudo, provocando paranoia e fazendo com que corresse de volta para o quarto de hotel.
A pior viagem de todas
Para surpresa de muitos, a pior viagem de Trott não foi causada por uma droga ilícita, mas sim por uma especiaria comum em cozinhas do mundo todo: a noz-moscada. Na juventude, ao ler sobre substâncias legais, ele decidiu experimentar, mas o resultado foi devastador.
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“Demora cerca de três horas para fazer efeito. Ninguém nos conta isso. E então fui para a cama. Por volta das duas ou três da manhã, acordei com a cabeça girando, tonto e precisando ir ao banheiro. Então, saí da cama, não conseguia me levantar. Estava rastejando. Cheguei lá e não conseguia urinar, voltei para o quarto, o chão estava tombando. Não foi de um jeito agradável. No dia seguinte, eu ainda estava com dor de cabeça. Meu estômago estava dolorido, não consegui ir trabalhar na segunda-feira, fiquei doente por uma semana. É um veneno”, relatou.

Alerta sobre riscos
Trott reforça que compartilha suas experiências para conscientizar sobre os perigos, não para incentivar o consumo. Para ele, relatos honestos podem evitar tragédias. “Se alguém vai usar, é melhor que tenha informações reais sobre o que pode acontecer”, disse.
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