Influenciador Gato Preto se recusa a fazer teste do bafômetro após acidente, mas é liberado

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(O Globo) O influencer Samuel Sant’Anna, conhecido nas redes como Gato Preto, compareceu nesta quarta-feira ao 14° DP de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, após ter se envolvido em um acidente de carro na Faria Lima, em São Paulo. O motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas foi submetido a exame no Instituto Médico Legal (IML). Agora, a Polícia aguarda os resultados dos exames periciais para verificar se o motorista estava embriagado no momento da acidente.

“Um motorista de 32 anos foi detido após causar um acidente na manhã de quarta-feira (20), na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo. Após o acidente, o motorista fugiu do local e foi localizado pela Polícia Militar em seu apartamento. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas foi submetido a exame no Instituto Médico Legal (IML). Liberado, ele aguarda os resultados dos exames periciais”, informou por nota a SSP.

O carro de Sant’Anna foi apreendido e o caso registrado como lesão corporal culposa na direção de veículo, embriaguez ao volante, fuga do local e manipulação do acidente.

O influencer foi detido em sua casa, no bairro do Tremembé, na Zona Norte da capital paulista, por volta das 10h. Ele estava nu quando recebeu os agentes da polícia, mas não apresentou resistência. Na delegacia, ele “manifestou interesse em exercer seu direito constitucional ao silêncio”, diz o boletim de ocorrência do caso.

A também influenciadora Bia Miranda, sua namorada, também estava no veículo. O carro dos influenciadores, que estava sendo pilotado por Gato Preto, atingiu um outro veículo, um Hyundai HB20, após supostamente avançar o sinal vermelho num cruzamento da Faria Lima com a Rua Elvira Ferraz.

Depois, ele bateu em um poste de semáforo, que foi derrubado por conta do impacto. O acidente foi por volta das 6h30. O motorista do outro carro envolvido na batida afirmou que o Porsche furou o sinal vermelho de trânsito. O filho do motorista atingido bateu a cabeça no airbag e foi levado para o pronto-socorro, segundo o g1.

“O motorista (Sant’Anna) saiu exaltado e brigando. A passageira do Porsche (Bia Miranda) juntamente com o motorista pegaram diversos objetos no veículo e entraram em outro carro para em seguida fugirem do local sem prestar socorro”, pontua o boletim.

Quando os policiais chegaram ao local do acidente, o motorista do Porsche já havia deixado a região. Por isso, não passou pelo teste do bafômetro.

Pelos stories do Instagram, Bia Miranda disse que não viu o que aconteceu na hora do acidente. Ela afirmou ter batido a perna e que o filho do outro motorista também se feriu, mas sem gravidade. Bia também destacou não saber qual dos dois condutores avançou o sinal.

— O carro do senhorzinho, isso aí é lixo. A gente arca com a responsabilidade do carro do senhor, claro que ele não vai ficar sem. Mesmo se estiver errado ou certo, só quero resolver — disse ela, sobre uma possível reparação dos danos.

Numa rede social, o influencer publicou imagens da mão ferida. “Sofri um acidente”, disse aos seguidores, de dentro de um carro de aplicativo. Antes da colisão, Gato Preto e Bia publicaram vídeos em uma balada com cigarros e bebidas alcoólicas.

Durante a madrugada, os influenciadores pucaram vídeos em uma balada da capital paulista. Nas redes sociais, ambos postaram imagens em uma festa com cigarros e Whisky. Poucos minutos antes do acidente, Bia Miranda chegou a publicar uma gravação em que está fumando no banco do carona, enquanto há outras pessoas ao redor do carro com bebidas e cigarro.

Neste mês, dia 7 de agosto, eles foram alvos de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, deflagrada para investigar a promoção ilegal de jogos de azar on-line, com indícios de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

Na operação Desfortuna, agentes cumpriram 31 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais. Dentre os investigados, 15 são influenciadores digitais. De acordo com a Polícia Civil, os influenciadores utilizam as redes sociais para divulgar jogos de azar ilegais.

Relatórios de inteligência financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelaram movimentações bancárias suspeitas que, somadas, ultrapassam R$ 4 bilhões.