LUTO

Morre Dona Jacira, mãe de Emicida, aos 60 anos

Causa da morte não foi divulgada

Morre Dona Jacira, mãe de Emicida, aos 60 anos
Dona Jacira (Foto: Divulgação)

Jacira Roque de Oliveira, conhecida como Dona Jacira, morreu nesta segunda-feira (28), aos 60 anos, em São Paulo. Ela era mãe dos músicos Emicida e Evandro Fióti, além de Katia e Katiane. A causa da morte não foi divulgada. A informação foi confirmada à revista Marie Claire por amigos da família.

Dona Jacira era escritora, artista plástica e atuava como liderança comunitária. Vivia com Lúpus e realizava hemodiálise há mais de duas décadas.

Em nota, a família informou:

“É com profunda tristeza que informamos o falecimento de Jacira Roque Oliveira, a Dona Jacira, aos 60 anos de idade. Mãe, avó, escritora, compositora, poeta, artesã e formada em desenvolvimento humano, como gostava de ser reconhecida. Dona Jacira foi uma mulher detentora de tecnologias ancestrais de sobrevivência e resistência que construíram um legado enorme para as artes e para a cultura afrobrasileira. Esse legado será levado adiante por sua família e todas as pessoas que tiveram suas vidas impactadas e transformadas por sua presença de cuidado, amor, luz e fé neste plano. A família agradece por todo amor e carinho e pede que respeitem a sua privacidade nesse momento tão difícil.”

Nascida e criada na zona norte de São Paulo, Dona Jacira tornou-se conhecida inicialmente pelo trabalho dos filhos. Posteriormente, desenvolveu projetos próprios nas áreas de literatura, artesanato e cultura popular. Em 2018, publicou livro e participou de ações culturais como a criação de bonecas com materiais reutilizados e a gravação de um podcast.

Ela também integrava eventos em sua residência com foco em debates sobre arte, alimentação e cultura, que chegaram a reunir visitantes de diferentes partes do Brasil e da África.

Em entrevista concedida à Marie Claire em 2020, comentou sobre sua rotina com a doença: “Tem dias difíceis também. Minha mãe mora na rua de casa e não vou lá porque venho do hospital todos os dias. Faço hemodiálise há 22 anos [na época, agora 25], tenho Lúpus. Agora mesmo estou falando do HC [Hospital das Clínicas]. Na casa da minha mãe também mora um sobrinho com esclerose múltipla. É complicado, temos que pensar em tudo isso porque podemos ser o condutor da doença. Às vezes bate uma angústia, estamos há tanto tempo sozinhos”, disse.