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O que fazer depois de Game of Thrones

Os seis episódios finais de Game of Thrones, previstos para 2018, podem talvez só sair em…

Os seis episódios finais de Game of Thrones, previstos para 2018, podem talvez só sair em 2019, segundo entrevistas recentes dos produtores DB Weiss e David Benioff. É muito tempo para esperar para saber qual o final desta longa e sangrenta saga.

É muito tempo e ansiedade para matar, mas não se preocupe: o Mais Goiás fez uma lista completíssima com seriados para assistir e livros para ler que trazem consigo todas as vibrações de Thrones, isto é, conspiração, incesto e assassinato, pra te manter distraído até a oitava e derradeira temporada.

O que assistir:

The Expanse

(Divulgação)

O seriado da SyFy tem, até agora, apenas duas temporadas, mas bebe profundamente da mesma fonte que Game of Thrones. Baseada na série de livros A Expansão, esta ópera espacial pesa a mão em realismo e acuidade científica, então nada de lasers e saltos para o hiper-espaço. Assim como Thrones, a série é focada principalmente no conflito político entre três forças: a Terra, Marte e o Cinturão, este último composto por colônias em luas e asteroides do sistema solar. As três forças estão às portas da guerra nuclear aberta e tudo que falta é um empurrão.

Livro: O primeiro livro da saga acabou de sair em português e se chama Leviatã Desperta. Ele acompanha de perto a mesma trama da primeira temporada. Agora, se você sabe ler em inglês, já são mais de cinco livros disponíveis.

Battlestar Galactica

(Divulgação)

Em horas, todos os planetas e colônias humanas são exterminadas pelos robôs cilônios, criações dos próprios humanos e desaparecidos há 20 anos. O que resta da humanidade é uma pequena frota de naves de cruzeiro e comerciais lideradas pela Galactica, o último encouraçado de guerra restante. À beira da extinção, os humanos embarcam em uma perigosa e longa jornada atrás do planeta conhecido como a “colônia perdida” e que chamamos de Terra. Na trama, existem menos de 50 mil pessoas, todas elas confinadas em naves espaciais que estão sendo constantemente atacadas por robôs assassinos. É difícil ficar mais tenso, sombrio e negativo que isso.

Black Mirror

(Divulgação)

Espera, eu disse que não tem como ficar mais negativo? Me desculpe. Black Mirror e suas histórias contidas de 1h30 foi feita para te causar pesadelos e estragar o seu dia ao mesmo tempo em que suas histórias são instigantes e impossíveis de largar. Se a ideia é trocar um vício pelo outro, a série britânica de terror tecnológico tem muito a oferecer.

Roma

(Divulgação)

Quase uma versão beta de Game of Thrones, a série da HBO foi usada para testar os limites do orçamento do canal e acabou sendo cancelada após duas temporadas por ser cara demais. Sendo assim, é uma das séries mais bonitas e com direção de arte mais impressionante dos últimos anos e pavimentou o caminho para os Starks e Lannisters. Em duas temporadas, é possível acompanhar a formação e queda dos dois triunviratos dos últimos dias da República romana e a formação do Império de Augusto.

Vikings

(Divulgação)

A primeira série do History dramatiza a saga de Ragnar Lodbrok – e depois de Ivar Sem-Ossos – e seus constantes saques e invasões das ilhas britânicas na Idade Média. Assim como tem espaço pra muitas batalhas, tem também para muita política e conspiração conforme reis ascendem e caem, assassinatos são cometidos e alianças são desfeitas. São quatro temporadas com uma quinta a caminho cheia de reviravoltas e políticos asquerosos dignos de Game of Thrones.

Black Sails

(Divulgação)

Piratas! Se isso não é o suficiente pra te vender, vamos lá. A série se passa nas Bahamas no início do século XVIII e mistura elementos históricos, como a queda dos piratas e a conquista de Nassau, com ficção. E não é qualquer ficção: os personagens principais do seriado são o capitão Flint, John Silver e Billy Bones, personagens retirados diretamente de A Ilha do Tesouro. Na série você vai descobrir como cada um se tornou famoso e, é claro, qual a origem do tesouro e como ele foi parar na ilha com o X. Mas não se engane: é uma série adulta com muito tiroteio e traição envolvida.

The Last Kingdom

(Divulgação)

É tipo Vikings, mas do lado inglês da coisa. Baseado na saga As Crônicas Saxônicas de Bernard Cornwell, o seriado acompanha um nobre inglês criado por vikings que após uma série de traições é forçado a lutar com os ingleses. Ao contrário de Vikings, a série pesa mais a mão em duas coisas: na brutalidade da vida medieval e seus costumes horripilantes e na politicagem do período histórico, especialmente como certos reis ingleses usaram o caos a seu favor para tentar eles mesmos conquistar a Grã-Bretanha.

Livro: Naturalmente, também vale a pena conferir a série de livros que deu base à série e que está disponível no Brasil e, aliás, muito adiantada em relação ao seriado.

O que ler:

The Witcher

A saga do bruxeiro Geralt de Rívia é bem mais sucinta e focada do que Game of Thrones, mas ainda assim é recheada de conspiração, guerra e traições envolvendo os Reinos do Norte e o Império de Nilfgaard. Faltam apenas dois livros da saga para serem publicados no Brasil e é uma ótima pedida pra quem não gosta de video games e, também, para se preparar para o seriado produzido pela Netflix. Na trama, Geralt é supostamente um mero caçador de monstros mutante, mas logo se vê enredado nas mais complicadas tramas do poder e tendo que fazer escolhas morais difíceis.

(Divulgação)

As Brumas de Avalon

(Divulgação)

E se a lenda do Rei Artur e dos Cavaleiros da Távola Redonda fossem recontadas do ponto de vista das mulheres, com o pé no chão e você descobrisse que o Merlin era meio babaca? Essa é toda a proposta de As Brumas de Avalon, que atualiza a lenda de Pendragon para leitores modernos e dá voz para as mulheres poderosas da saga.

Conan, o Bárbaro

(Reprodução/Frank Frazetta)

Os contos originais de Robert E. Howard ajudaram a trilhar o caminho do que seriam os gêneros de fantasia e fantasia sombria. Não se deixe enganar pelos filmes: as aventuras do rei da Ciméria, de Sonja Vermelha e seus amigos são tramas violentas, complexas e cheias de elementos sombrios e lovecraftianos sobre criaturas terríveis, déspotas malignos, sacerdotes corruptos e deuses antigos. Embora seja difícil encontrar em livrarias, muito do material original pode ser encontrado com facilidade na internet por ter se tornado domínio público.

Elric de Melniboné

(Divulgação)

Outra saga fundamental de fantasia sombria, a saga de Elric de Melniboné, o rei elfo albino e sua espada que se alimenta de almas Stormbringer começou a ser republicado no Brasil, em parte, devido ao sucesso de Game of Thrones. Dois livros já foram publicados e vem mais por aí. A obra acompanha o terrível protagonista, servo dos deuses sangrentos do Caos, de saúde débil e moral duvidosa, fazendo e acontecendo para se manter como o Senhor dos Elfos. A saga possui relações com Conan ao subverter muito do que foi estabelecido nos gênero de fantasia. Se você acha que Game of Thrones é sinistro, você não viu nada.

Duna Saga

(Divulgação/Aleph)

Duna mistura reis e nobres, conspirações e traições e coloca tudo isso em um cenário complicado que mistura ficção-científica com fantasia. A saga de seis livros acabou de começar a ser republicada no Brasil pela Aleph e vale muito a pena por ser uma das mais influentes do gênero, influenciando outros universos criativos, como Warhammer 40,000 e mesmo outros já estabelecidos, como Dungeons & Dragons. A saga acompanha a disputa de poder entre grandes casas nobres pelo planeta de Arrakis que, embora seja desértico e cheio de monstros, é base de extração do elemento mais precioso do universo conhecido.

A Rainha Branca

(Divulgação)

A ficção histórica de Philippa Gregory reconta os entraves e, especialmente, as maquinações da Guerra das Rosas, sem se focar tanto nas guerra e na ação em si. O livro acompanha as três grandes mulheres por trás da guerra civil entre as casas de Lancaster e York pelo trono: Margaret Beauford, Elizabeth Woodville e Anne Neville, cada uma sendo a personagem central de um livro da trilogia.