Ozzy Osbourne tinha mesmo pacto com o demônio? Saiba o que o cantor respondeu
Príncipe das Trevas morreu nesta terça-feira (22), aos 76 anos
Conhecido como “Príncipe das Trevas”, o cantor britânico Ozzy Osbourne, que morreu nesta terça-feira (22), conviveu ao longo da vida com rumores de ligação com o satanismo. Liderando o Black Sabbath, banda marcada por letras sobre ocultismo e estética sombria, o artista respondeu diversas vezes sobre o tema, negando qualquer envolvimento com práticas satânicas.
Apesar das referências ao tema em músicas da banda, Ozzy afirmou que muitas composições foram inspiradas por filmes de terror. Em entrevista ao The Guardian em 1986, ele se definiu como cristão, embora dissesse não ter interesse em frequentar a igreja. “Minha ideia de paraíso é me sentir bem”, declarou.
Ainda na mesma entrevista, ironizou os boatos sobre mensagens ocultas nas canções: “Se eu fosse colocar uma mensagem para ser tocada ao contrário em um álbum, eu colocaria algo tipo: ‘Aqui é o Diabo! Compre mais seis cópias deste disco’”.
LEIA TAMBÉM
Mordida em morcego e mais: Relembre episódios bizarros na carreira de Ozzy Osbourne
Em 1984, o cantor foi processado após o suicídio do adolescente americano John McCollum, que havia escutado a música “Suicide Solution”, do álbum Blizzard of Ozz. A acusação afirmava que a canção incentivava o ato por meio de mensagens subliminares. Ozzy e o letrista Bob Daisley negaram, afirmando que a música era uma crítica ao alcoolismo.
A banda Black Sabbath também passou a utilizar pingentes em forma de cruz. De acordo com o baixista Geezer Butler, o visual foi adotado após um grupo ocultista lançar uma maldição contra os músicos. Segundo ele, o grupo queria que a banda se apresentasse em um círculo de pedras, mas a proposta foi recusada. Um grupo de magia branca teria alertado os músicos sobre a maldição e recomendado o uso de crucifixos, que passaram a ser produzidos pelo pai de Ozzy.
Butler também refutou a associação da banda ao satanismo. Segundo ele, o grupo era confundido com outras bandas da época, como a Black Widow. “Confundiam a gente com Black Widow, que faziam sacrifícios e esse tipo de merda. Não gostávamos disso, era bobo demais. Muita gente misturava a gente com eles e com magia negra, mas no fim eles só lançaram um disco e desapareceram”, afirmou.