Teorias conspiratórias sobre gênero: as famosas que já tiveram sua identidade questionada
Diversas clebridades já enfrentaram boatos transfóbicos e sexistas
Nem mesmo mulheres mundialmente conhecidas escapam de boatos sobre sua identidade de gênero. Muitas vezes, essas teorias conspiratórias são usadas como ferramenta de deslegitimação, misturando machismo, transfobia e até racismo. Casos recentes e antigos mostram que celebridades, políticas e atletas se tornam alvo fácil de rumores sem fundamento, que circulam com força nas redes sociais.
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Brigitte Macron e o boato mais recente
Em 2021, a primeira-dama da França, Brigitte Macron, foi acusada de ter nascido homem, com o nome Jean-Michel Trogneux. A teoria conspiratória viralizou nas redes e segue sendo compartilhada até hoje. Para encerrar a polêmica, Brigitte e o presidente Emmanuel Macron entraram com ações judiciais e anunciaram que apresentarão provas fotográficas e periciais nos Estados Unidos. O caso mostra como até figuras ligadas ao mais alto escalão político viram alvo de campanhas de desinformação.
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Lady Gaga e a ironia como resposta
No fim dos anos 2000, Lady Gaga enfrentou rumores de que seria intersexo ou teria nascido homem. Na época, aos 24 anos, a cantora respondeu com ironia, perguntando: “Mesmo que eu fosse, qual seria o problema?”. A fala direta e sem rodeios transformou a especulação em um debate mais amplo sobre transfobia e o preconceito embutido na tentativa de usar esse tipo de boato como insulto.
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Michelle Obama e o peso do racismo
A ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, também foi alvo de teorias absurdas que afirmavam que ela teria traços masculinos. Imagens manipuladas e comentários maliciosos ajudaram a reforçar a narrativa sem base. Embora Michelle nunca tenha respondido diretamente, diversas plataformas de checagem de fatos já desmentiram as alegações, apontando o caráter racista e sexista por trás do boato.

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Serena Williams e a força usada contra ela
A tenista Serena Williams, considerada uma das maiores da história do esporte, enfrentou durante toda a carreira comentários que tentavam colocar sua feminilidade em dúvida. A força física da atleta sempre foi motivo de insinuações transfóbicas. Aos 42 anos, ela declarou estar cansada de ter sua identidade constantemente questionada, como se força e feminilidade fossem incompatíveis.

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Madonna, Angelina Jolie e Kristen Stewart
Não apenas a identidade de gênero, mas também a sexualidade de mulheres famosas virou alvo de rumores e tentativas de desqualificação.
- Madonna foi chamada de lésbica de forma pejorativa, numa tentativa de reduzir sua liberdade sexual a estereótipos.
- Angelina Jolie teve sua bissexualidade retratada como sinônimo de promiscuidade, em uma leitura distorcida de sua vida pessoal.
- Kristen Stewart, por sua vez, viu sua orientação afetiva ser usada como munição para questionar sua credibilidade profissional em Hollywood.
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Outras vítimas: Meghan Markle e Caster Semenya
Mais recentemente, Meghan Markle, duquesa de Sussex, também foi alvo de teorias conspiratórias que alegavam que ela teria nascido homem. As alegações surgiram em fóruns e se espalharam em páginas de ódio contra a ex-atriz, misturando racismo e misoginia.

No esporte, a corredora sul-africana Caster Semenya, bicampeã olímpica, foi submetida a exames invasivos para “provar” sua feminilidade. A atleta denunciou a violência institucional e psicológica que sofreu, tornando seu caso um exemplo global de como corpos de mulheres fortes e não conformes com padrões estéticos são alvos de vigilância e desconfiança.
*Com informações do O Globo