Esporte

Campanha recorde no Pan consolida Brasil como segunda potência das Américas

Em Santiago, a delegação brasileira também ficou em segundo lugar, mas com 205 medalhas, ou seja, uma grande evolução na campanha

Atletas do Brasil disputando o Pan
Brasil se consolidou como o segundo país com o maior número de medalhas nos Jogos Pan-Americanos. Foto: Gaspar Nóbrega - COB

Muito além de recordes e uma campanha histórica. Nos Jogos Pan-Americanos de Santiago o Brasil superou Canadá e México, só ficou atrás dos Estados Unidos com mais medalhas do que conquistou em Lima-2019 e se consolidou como a segunda potência esportiva das Américas.

Em Lima, o Brasil conseguiu pela primeira vez a vice-liderança em Pans com 169 medalhas. Em Santiago, a delegação brasileira também ficou em segundo lugar, mas com 205 medalhas, ou seja, uma grande evolução na campanha. A consistência e o bom resultado projetam uma disputa boa com o México e Canadá nas Olimpíadas de Paris, segundo aponta o COB.

“Nossa campanha no Pan traz um ingrediente muito importante para a gente no processo até chegar aos Jogos de Paris. No meu entendimento, a gente consolida um grande resultado na segunda posição, é o segundo ciclo que ficamos nesta colocação, só que agora com uma distância um pouco maior”, comentou Rogério Sampaio, CEO do COB.

“Se ainda pensarmos que têm medalhas só de Pan nesta conta, a gente estaria numa distância maior, porque o México teve muitas medalhas conquistadas em modalidades que não são olímpicas. Assim, em Paris, por exemplo, a gente estaria numa distância ainda maior, consolidaria de maneira mais firme os nossos resultados”, acrescentou Sampaio.

Em Tóquio-2021, o Brasil conquistou 21 medalhas, contra 24 do Canadá. O número de ouros foi o mesmo: sete. No Pan, a delegação canadense levou 164 premiações contra as 205 brasileiras — e vale reforçar que alguns atletas canadenses relevantes não foram para Santiago.

O México, que surpreendeu a todos no Pan e assustou os brasileiros na primeira semana, ficou com apenas quatro bronzes nas Olimpíadas de Tóquio.

“Não podemos deixar de destacar essa questão da evolução do Brasil nas últimas edições de Jogos Pan-Americanos. Em Mar del Plata-1995, nós fomos sexto. Depois, ficamos em quarto nas duas edições seguintes. Até que emplacamos três terceiras colocações e, agora, duas vice-lideranças”, falou Rogério Sampaio.

“Isso é resultado do trabalho que a gente vem desenvolvendo. É a continuidade de estar trabalhando junto com os atletas, treinadores e as confederações. Temos os nossos projetos que a gente faz de forma individualizada para cada modalidade, que são os programas de preparações olímpicas e os programas de preparação Pan-Americana. Tudo isso é fundamental para que a gente consiga esses resultados”, comentou.