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Com trio ofensivo de volta , Barcelona faz novo 3 a 0, agora no River, e fatura Mundial

Contra os argentinos do River Plate, foi o uruguaio Luis Suárez quem fez a diferença.…

Contra os argentinos do River Plate, foi o uruguaio Luis Suárez quem fez a diferença. Depois dos três gols diante da legião de brasileiros do Guangzhou Evergrande, time chinês comandado por Felipão, o camisa 9 ampliou o recorde ao marcar dois dos três gols na final deste domingo. Além de Suárez, que foi às redes na etapa final, Messi também marcou após se recuperar de problemas clínicos.

Favorito na disputa com Neymar e Cristiano Ronaldo pelo título de melhor do mundo deste ano, Lionel Messi voltou ao time após extrair cálculos renais que o tiraram da semifinal da última quinta-feira. Apesar da valentia e aplicação tática, os argentinos suportaram a pressão do Barcelona por 35 minutos, tempo que Messi levou para abrir o placar em lance polêmico.

Outro que não atuou contra os chineses por ainda se recuperar de lesão muscular, Neymar atuou como titular e deu assistência para o primeiro gol. No entanto, perdeu o protagonismo que vinha conquistando no Campeonato Espanhol para o artilheiro Suárez, que novamente roubou a cena para encaminhar o título ao Barcelona.

Quem também sentiu um gosto especial ao comemorar essa conquista do Mundial, a terceira do Barcelona em seis anos, foi o lateral direito Daniel Alves, cuja renovação na última temporada inaugurou uma novela nos bastidores. Presente no tri conquistado no Japão, o brasileiro faturou seu 30º título na carreira, igualando Pelé em número de conquistas – 21 delas foram pelo Barcelona.

O estádio de Yokohama, que já recebeu até final de Copa do Mundo, em 2002, mais parecia um Monumental de Núñez. Mais de 20 mil torcedores argentinos marcaram presença e, a partir da entrada dos times em campo, não pararam de cantar para empurrar o River Plate.

Diante de tamanho incentivo, o atual campeão da Libertadores não se escondeu, adiantou as linhas e pressionou o Barcelona para recuperar a posse de bola. Mesmo assim, abusando da calma no toque de bola, os catalães conseguiram criar oportunidades. A primeira, aos dez minutos, foi desperdiçada por Messi, que retornava ao time após extrair cálculos renais.

O passe milimétrico de Iniesta encontrou Messi livre entre a zaga do River. Cara a cara com o gol, o atacante escolheu o canto, mas parou em Barovero, que mostrou bom reflexo para evitar a abertura do placar. Bem distribuído em campo, o River Plate conseguia manter o Barcelona longe, em certa medida, da sua área, aproveitando eventuais contra-ataques para desafogar a linha de defesa.

Aos 32 minutos, mais uma chance para Messi. O camisa 10 cobrou falta da intermediária e viu a bola passar perto da trave de Barovero. Três minutos depois, em jogada que contou com cruzamento de Daniel Alves e passe de Neymar, Messi ajeitou a bola entre três marcados, em lance que supõe um toque no braço, e finalizou com precisão para balançar as redes.

Depois de já ir a campo com o time modificado, com Viudez no lugar de Pisculichi, Gallardo voltou para a etapa final com duas alterações. O experiente Lucho González entrou no lugar de Ponzio, enquanto o atacante Martínez substituiu Mora também no intervalo. No entanto, os homens de frente mal puderam contribuir antes de verem o Barcelona ampliar o placar.

Aos quatro minutos, aproveitando a zaga aberta em virtude do lance de ataque, o Barcelona saiu rápido. Ainda no campo de defesa, Busquets descolou lançamento certeiro para Suárez, que dominou, avançou em direção a área e concluiu com firmeza. A bola passou por baixo das pernas de Barovero e encontrou as redes, deixando os catalães ainda mais perto do tri mundial.

Aos 23 minutos, Suárez marcaria seu quinto gol em duas partidas, ampliando ainda mais o recorde. Em jogada do trio de ataque, que ainda não tinha atuado junto neste Mundial, Messi abriu para Neymar, que centrou com perfeição para Suárez. Na corrida, o uruguaio apareceu por trás da zaga e desviou de cabeça no contrapé do goleiro deixando o placar em 3 a 0.

Com o título já distante, o River Plate passou a jogar mais solto dentro de campo. Como um franco-atirador, o time argentino se lançou à frente e obrigou o goleiro Bravo a trabalhar em duas oportunidades. Na primeira, de cabeça, o chileno defendeu no reflexo e, na segunda, fez uma bela ponte para desviar a bola do caminho do gol. Durante os minutos finais, os catalães trocaram passes para esperar o apito final. (Da Gazeta)