Tênis

Diretor do Aberto da Austrália diz que não fará lobby para ter Djoko no torneio

O diretor de competições do Aberto da Austrália, Craig Tiley, afirmou nesta quarta-feira que a…

Djokovic durante competição de tênis
Djokovic teve sua participação negada em 2022, por conta da vacina contra Covid-19. Foto: Arquivo pessoal

O diretor de competições do Aberto da Austrália, Craig Tiley, afirmou nesta quarta-feira que a Associação Australiana de Tênis não pretende ajudar Novak Djokovic a conseguir a liberação para disputar a edição 2023 do torneio, marcada para janeiro. Neste ano, o sérvio foi barrado do major pelo governo australiano por não ter se vacinado contra a covid-19. As regras para entrar no país continuam as mesmas, portanto o ex-número 1 deve ficar de fora mais uma vez.

“Este não é um assunto que nos permite fazer qualquer lobby. É um assunto que, definitivamente, fica entre eles (Djokovic e o governo australiano)”, afirmou Tiley em coletiva de imprensa. “Mas, dependendo do desfecho, certamente ele será bem-vindo ao Aberto da Austrália”, concluiu.

Existia uma expectativa sobre uma possível intervenção da Associação Australiana de Tênis para ter Djokovic na disputa, já que a entidade se mobilizou na edição desta temporada. Na ocasião, garantiu uma exceção ao tenista com o apoio de dois painéis médicos. Por isso, ele viajou para a Austrália portando documentos que justificariam a falta da vacinação, mas os argumentos não foram aceitos. Após passar cerca de duas semanas detido em um hotel, acabou deportado.

A forma como a associação australiana conduziu o caso foi motivo de muitas críticas direcionadas a Tiley. Com a deportação, Djokovic ficou sujeito a uma banimento de três anos sem a possibilidade de obter um novo visto temporário, mas o Controle de Fronteiras da Austrália disse que qualquer período de exclusão “será considerado como parte de qualquer novo pedido de visto e pode ser dispensado em certas circunstâncias.”

Na coletiva desta quarta, Tiley também revelou que conversou com Djokovic no mês passado, durante a disputa da Laver Cup. “Ele disse que, obviamente, adoraria voltar para a Austrália, mas ele sabe que é uma decisão do Governo Federal e aceita isso. Se você notar, ele está jogando bastante neste final de ano com expectativa e esperança de ter sucesso em sua aplicação. Mas isso é com ele”, afirmou.

Pouco mais de um mês depois de ser impedido de disputar o grand slam australiano, o sérvio deixou o posto de número 1 do mundo. Atualmente na sétima colocação do ranking da ATP, também não pôde participar do US Open, o último major do ano, disputado em setembro e vencido por Carlos Alcaraz.