SELEÇÃO

‘Faço o que está ao alcance para resolver logo’, diz Paquetá sobre investigação

Paquetá retorna a seleção brasileira após ficar de fora das últimas convocações

Lucas Paquetá em coletiva na seleção brasileira. Foto: Rafael Ribeiro - CBF

LUCAS MUSETTI PERAZOLLI E THIAGO ARANTES
LONDRES, INGLATERRA (UOL/FOLHAPRESS) – De volta à seleção brasileira, o meia Lucas Paquetá comentou a investigação da Federação Inglesa para checar se ele está envolvido ou não em casos de apostas.

“Fui instruído a não comentar sobre o assunto, mas são sete meses que têm acontecido. Coopero e faço o que está ao meu alcance para resolver logo”, disse o jogador, que ficou fora de três convocações a partir de agosto de 2023, quando o caso veio à tona.

Papel do clube: “West Ham me deu todo apoio, não tinha o que fazer de diferente, colocar seu jogador para jogar futebol: Espero que façamos um bom final de temporada”.

Retorno como referência: “Muito feliz por estar de volta. Já faz um tempo da minha primeira convocação, desde 2018. Seis anos praticamente. Só fiquei fora de quatro ou cinco. Sei da responsabilidade grande, que cresce a cada convocação, a cada retorno. Espero ajudá-los da melhor forma, dentro ou fora de campo. Deixamos os garotos em aberto, para troca de experiência e aprendizado o quanto antes. Que se sintam à vontade para ajudar a seleção da melhor forma”.

OUTRAS RESPOSTAS DE PAQUETÁ

Convocação do Dorival e últimos meses de afastamento

“Estou muito feliz, trabalhei com o Dorival no meu final no Flamengo e foi uma experiência incrível. Feliz pela convocação, pelo reconhecimento dele ao trabalho. Estar na seleção sempre foi meu sonho, sonho de toda criança. Me sinto ainda mais privilegiado”.

Questões externas
“São momentos que acontecem, faço meu trabalho bem feito, jogado e me divertido, que é importante. Não deixo nada de fora atrapalhar. Sigo de fora, feliz, e espero continuar assim”.

Manchester City
“Respeito muito o West Ham, faço temporada muito boa. Em respeito a eles, só foco no meu dever no West Ham”.

Segundo volante na Copa
“Dorival me conhece muito bem. No Flamengo, na chegada dele, joguei como na Copa, recuado ao lado do Cuellar. Ele me chamou e disse que me queria mais avançado, pisando na área. Aqui não deve ser diferente o posicionamento. Me disponibilizo a estar em campo, ajudando onde for preciso. Acredito que seja assim que vai me usar [meia]”.

Brasil mal na ausência dele
“Pelo trabalho no clube que fui chamado, não vou fazer diferente. Novo ciclo, novos jogadores e ideia diferente. Vamos comprar essa ideia para colocar em prática. Minha função é importante como a dos demais, quem tem que sair ganhando é a seleção brasileira”.

O que significa “se divertir” no West Ham
“Se divertir é jogar a Premier League, é um sonho meu desde criança e às vezes a gente não pensa e deixa isso escapar. A temporada passada foi boa, essa melhor, e fico feliz de evoluir na equipe, nessa competição difícil.

Chegou a hora de ser protagonista?
“Acho que sim, pelo que falei e tempo na seleção, por já ter jogado Copa. Não me escondo da responsabilidade. Ainda mais agora tenho que colocar o melhor para fora. Trocar essa experiência, quando eu cheguei também me senti à vontade. É responsabilidade de todos, até os mais novos precisam entender que estamos vestindo a camisa da seleção que tem que ser cada vez mais vencedora”.

O que amigos falam das seleções?
“Britânico não, brasileiro. Que isso? [risos]. A gente conversa, sim. Seleção brasileira é muito respeitada, aqui não é diferente. Conversei com o Bowen e está ansioso para jogar contra a gente, sabe o peso e nossa história. Temos que colocar isso para fora, que nossa camisa e história continuem pesadas. Vai ser jogo grande, independentemente de ser amistoso não. Nossa mentalidade é de procurar vencer”.
Inglaterra favorita e cuidado para evitar goleada

“Seleção brasileira sempre vai ser favorita, pela história e nossos jogadores. Dorival não fez uma lista apenas com 26, são muitas observações e todos fazem parte do processo, do plano. Vamos fazer o melhor para que o Brasil vença”.

Último amistoso contra europeus em 2019: o quanto é bom jogar aqui?
“Se o grau de dificuldade é maior, acredito que se prepare mais para um próximo passo, que é a Copa América. Jogos mais competitivos colocam mais para fora, demanda preparação maior, com dedicação ainda maior. São jogos que sempre quisemos jogar, independentemente de ser amistoso ou não. Vão nos fazer preparar bem para o próximo objetivo, que é a Copa América”.

Maracanã e Wembley
“Existe, sim [a expectativa]. Grandes palcos para desfrutar, é um sonho. Vou jogar a primeira vez em Wembley, que seja especial, vençamos e que fique marcado na nossa vida”.

Paquetá fez falta nas Eliminatórias
“Desde a primeira convocação quero voltar a jogar, fazer meu melhor pela seleção. A seleção tem grandes nomes, grandes jogadores. Novo ciclo é difícil, absorver ideias novas para colocar em prática. Todos jogadores deram seu melhor. Acredito que sim, fico feliz de passar por esse momento e ter essa responsabilidade de voltar, já passei por tanto. Que isso se concretize dentro de campo”.

Relação com a turma do RJ no meio-campo
“A gente se conhece, conversa há muito tempo. Joguei com o Douglas no sub-20, com o Bruno no Lyon, vi o João no Flamengo. São amigos, fico feliz de estar com eles e que a parceria se concretize dentro de campo”.