Zidane deve assumir a França após a Copa: retorno ao banco é tratado como inevitável; diz jornal
Zidane, de 53 anos, trabalhou como treinador no Real Madrid, na temporada de 2020/2021, onde conquistou diversos títulos
Por O Globo: Zinedine Zidane voltou a sorrir quando o assunto é voltar a treinar — e não tem feito questão de esconder isso. Nos últimos meses, sua postura em aparições públicas mudou, e seu retorno ao trabalho já é tratado na França como questão de tempo. A expectativa, segundo a imprensa francesa, é clara: Zidane assumirá a seleção francesa assim que o Mundial de 2026 terminar.
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Segundo do As, da Espanha, o movimento não é repentino. A sucessão vem sendo costurada silenciosamente, enquanto Didier Deschamps, no cargo desde 2012, já admite que seu ciclo tem prazo de validade. Os passos recentes reforçam esse cenário: o atual treinador e seus agentes têm procurado alternativas em clubes da Arábia Saudita, mirando uma transferência ao mercado local ao fim da Copa.
De acordo com veículos franceses, Deschamps vê no currículo com a seleção — campeão do mundo em 2018 e vice em 2022 — um trunfo que pode abrir portas para clubes sauditas da elite. O desempenho no próximo Mundial não deve alterar seu rumo: a percepção interna é de que o ciclo já se encerrou.
Zidane, por sua vez, recusou todas as propostas que recebeu nos últimos anos — muitas delas esportivamente interessantes e financeiramente robustas — para não comprometer seu objetivo principal: assumir a seleção de seu país no momento ideal.
“Pronto voltarei a treinar”, tem repetido o ex-meia, alimentando a expectativa que toma conta da França.
Rumores recentes chegaram a apontar um possível reencontro entre Zidane e o Real Madrid, caso Xabi Alonso deixasse o clube. Mas, conforme apurou a imprensa espanhola, não houve conversas nem na última primavera europeia, nem agora.
A relação institucional entre o ex-treinador e o clube é boa, mas a volta ao banco do Santiago Bernabéu não esteve em discussão — e internamente é tratada como improvável.
Mesmo com apenas dois clubes no currículo — Castilla e Real Madrid —, Zidane figura entre os treinadores mais vitoriosos da história recente do futebol europeu. No comando do clube merengue, conquistou três Champions consecutivas, algo que apenas Carlo Ancelotti pode igualar no somatório de títulos por diferentes equipes.
Essa credencial, somada ao respeito que ainda inspira no país, sustenta a estratégia de espera. Zidane sempre priorizou seu prestígio esportivo e evitou assumir equipes em situações delicadas, o que poderia desgastar sua imagem antes do passo que realmente planeja.