Futebol Feminino

Gabriela Leveque, Goiana se destaca pelo Santos e fala sobre Seleção Brasileira: “Um objetivo de vida”

Meio-campista está na equipe paulista desde 2020 e entrevista exclusiva ao Mais Goiás, falou mais sobre sua carreira

Leveque em ação pelo Santos, no Paulista. | Foto: Arquivo pessoal

Campeã no judô o caminho de Gabriela Leveque no esporte seguiu outro rumo. A goiana é uma das destaques no time feminino do Santos Futebol Clube. Campeã no Sub-17, a meio-campista ainda acumula feitos individuais e quer ainda mais na sua carreira.

Em entrevista exclusiva ao Mais Goiás, a jogadora falou sobre sua carreira extensa com apenas 19 anos de idade. Nascida em Goiânia, sua família tentou fazer com que Gabriela brilhasse nos tatames, mas foi nos gramados que ela se encontrou. Começou jogar bola com 4 anos de idade e logo fez escolinha, jogando na filial do Flamengo, além da Juventus, ambas na capital goiana.

“Comecei a jogar na escola mesmo e me encantei. Meu irmão não joga, minha mãe começou entender de futebol agora, mas não gosta. Comecei a jogar, me apaixonei e não parei nunca mais”, disse Gabriela.

Já com doze anos, Gabriela integrou o time do Aliança, mas foi no futsal que aprimorou suas habilidades e brilhando nas quadras com a camisa do Ajax Futsal, antes de se firmar de vez nos campos. Ela revelou que em uma partida de futsal, seu time ganhou de 10 a 0, com ela anotando nove gols no jogo.

Logo foi para São Paulo tentar seu sonho e voltou com a concretização dele na mala, se tornando um dos dias mais especiais na sua carreira. Ela atua no Santos desde 2020.

“Teve uma peneira da federação paulista que geralmente eles organizam e vão todos os treinadores de São Paulo. Fui como quem não queria nada e sai de lá com muitas propostas. Falo que esse dia é um dos melhores dias da minha vida, porque eu era a garota de Goiânia que ninguém conhecia, cheguei em São Paulo com os treinadores dando proposta e isso ficou muito marcado para mim”, falou Leveque.

Com apenas 15 anos, Gabriela se mudou para morar sozinha e enfrentou diversas dificuldades neste início em Santos. Hoje adaptada, ela relembra o começo de tudo, mas garantiu que em nenhum momento pensou em desistir do seu sonho.

“Não vou mentir e digo para você, foi muito difícil. Chorei várias vezes porque queria voltar para Goiânia e com 15 anos você não tem tanta maturidade. Agora dessa vez, fazia oito meses que eu não voltava e nunca tinha ficado tanto tempo sem voltar para cá. Acho que foi mais tranquilo, já estou mais acostumada, mais madura, mas naquela época com 15, 16 anos eu não conseguia ficar um mês sem voltar e era muito difícil”, disse a jogadora do Santos.

Já campeã pelo Santos e bem próxima do time principal, a meia que atualmente se encontra no Sub-20 falou de outro grande sonho na carreira, a Seleção Brasileira. Ela já ficou próxima de ser convocada, mas que zera a vida no dia que sua convocação acontecer.

“Eu tenho muito esse objetivo da Seleção Brasileira me convocar um dia e ainda nunca fui convocada, mas no dia que eu for, eu zero um dos objetivos da minha vida. Na época que fui artilheira na paulista, minha treinadora falou que eu estava no radar da Seleção. Não sei como funciona, mas ela jogou esse verde que a Seleção estava de olho, mas não cheguei a ser convocada não”, concluiu a atleta.